Operação Piratas das Dunas III, com o objetivo de cumprir mandados judiciais decorrente de investigação relativa à extração e comércio ilegal de areia (Foto: Divulgação)
Um problema crônico em Camaçari, a extração ilegal de areia na região das dunas de Jauá e Abrantes é um crime ambiental com graves consequências para o lençol freático e o ecossistema da região. Além do crime ambiental, o comércio do minério também coloca em risco a vida da população, já que o material, em muitos casos, sendo impróprio construção de imóveis,, é utilizado de forma irregular em construções, comprometendo a segurança das edificações.
Após inúmeras solicitações do poder público e de ativistas ambientais, a Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (18), com apoio da COPPA/PM, a Operação Piratas das Dunas III, com o objetivo de cumprir mandados judiciais decorrentes de investigação relativa à extração e comércio ilegal de areia.
A apuração da Polícia Federal identificou que caçambeiros e um dono de empresa que comercializa material de construção estavam extraindo areia ilegalmente, no Parque Natural Municipal das Dunas de Abrantes e Jaua, que é uma área de proteção ambiental permanente. A conclusão só reforça as denúncias dos moradores que alegam, inclusive, sofrer ameaças do grupo.
Durante a operação, equipes da Polícia Federal cumpriram três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia, em endereços relacionados a um caçambeiro e um comerciante, participantes da atividade ilícita investigada. Os investigados foram presos em flagrante delito por estarem transportando e armazenando areia com origem ilegal.
Os investigados irão responder pelos crimes de extração ilegal de recursos minerais; usurpação de bens da União e associação criminosa. As penas, somadas, podem chegar a nove anos de reclusão.
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