(Foto: Divulgação/Ascom-PCBA)
Adolescentes de Camaçari planejavam um ataque contra pessoas em situação de rua e pretendiam transmitir morte ao vivo pela internet. O plano foi descoberto pela Polícia Civil, que deslocou equipes da 18ª Delegacia Territorial de Camaçari, com o apoio da 4ª Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), deflagrando na quinta-feira (13), a Operação Despertar.
Os agentes de segurança pública cumpriram mandados de busca e apreensão em residências dos adolescentes que estão sendo investigados por utilizarem uma plataforma virtual para planejar o ataque. Durante a operação, foram apreendidos computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos. Os itens foram encaminhados à perícia.
De acordo com a titular da unidade policial, a delegada Danielle Monteiro, as investigações apontaram que os adolescentes articulavam filmar e transmitir ao vivo a morte de um morador de rua em Camaçari. A ação faria parte de um desafio proposto por integrantes de uma comunidade virtual. Segundo as apurações da polícia, o grupo usa a plataforma para discutir e incentivar práticas violentas contra pessoas em situação de vulnerabilidade, bem como, para divulgar a ação criminosa.
A intervenção preventiva só foi possível graças a interlocução entre as polícias do Rio de Janeiro e de Camaçari. A apuração teve início após um crime semelhante ocorrer no Rio de Janeiro no dia 19 de fevereiro, quando um morador de rua foi queimado vivo por um grupo de adolescentes e a ação foi transmitida em tempo real.
A titular da 18ª explica, que a partir da troca de informações entre as instituições, foi detectado o possível ataque que estava sendo planejado para acontecer em Camaçari. “Identificamos os envolvidos e evitamos que o crime fosse executado”, ressaltou a delegada.
As investigações continuam e as ações terão desdobramento. O material apreendido será analisado para aprofundamento do caso e identificação de outros envolvidos, além de embasar o Auto de Investigação de Ato Infracional (AIAI) instaurado na 18ª DT/Camaçari para apurar os delitos de associação criminosa e incitação ao crime. A Polícia não divulgou qual punição pode ser aplicada para os adolescentes.
(Foto: Divulgação/Ascom-PCBA)
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