Comissão de Meio Ambiente e Turismo da Câmara de Camaçari durante reunião com representantes da Embasa (Foto: Divulgação)
A Comissão de Meio Ambiente e Turismo da Câmara de Camaçari recebeu representantes da Empresa Baiana de Águas e Saneamento - Embasa, na tarde de quinta-feira (20), para tratar sobre denúncias apresentadas pela comunidade de Areias. Moradores reclamam da poluição atmosférica e do lençol freático na região e indicaram a empresa Tronox, como principal responsável. Essas contaminações estariam causando doenças em moradores.
Após reunião com representantes da Tronox, onde a empresa, se eximiu de culpa e informou que a operação atual da empresa não é responsável pelos danos, a Embasa foi convidada para falar sobre o assunto. Durante a conversa, o presidente da Comissão, vereador Manoel Jacaré (PP), questionou sobre o Termo de Cooperação Técnica firmado entre a Embasa e a Tronox.
Mas, segundo a Embasa, o termo não tem ligação com o passivo ambiental deixado pela empresa na época da instalação (1969) e início da operação (1971), e contempla apenas estudos para atender a demanda de abastecimento de água para uso industrial por parte da mineradora. Com duração de dois anos, o termo prevê estudos que podem apontar a possibilidade de compartilhamento de estrutura física entre os dois entes envolvidos.
Os técnicos da Embasa informaram que ainda não há um resultado final, mas os estudos podem apontar, inclusive, a possibilidade de utilizar a infraestrutura da Tronox para a implantação do sistema de esgotamento sanitário ainda inexistente na região de Areias e adjacências, ou da utilização dos poços da empresa pela Embasa. “Estamos ainda nessas análises do que é possível fazer dentro do objetivo principal do termo, que é abastecimento de água para uso industrial da Tronox”, explicou o engenheiro sanitarista e ambiental da Embasa, Thiago Hirosh.
De acordo com a superintendente de Serviços de Água e Esgotamento Sanitário da Embasa, Thaís Santos Vieira, até o momento, as análises da água feitas na região não apontam indícios de contaminação. “São feitas coletas periódicas de amostras na localidade e não são detectados índices fora das referências para qualidade da água”, afirmou.
Referente a chegada do serviço de esgotamento sanitário em Areias, que conta apenas com o serviço de abastecimento de água, Thaís explicou que a Embasa possui um planejamento e segue com estudos para alcançar 90% de cobertura no serviço de esgotamento sanitário, definido pelo marco legal do saneamento para o quinquênio 2024-2028.
Sem um encaminhamento que solucione o problema dos moradores, a Comissão sinalizou que pode realizar uma audiência pública para tratar da questão, diante da relevância do tema e da preocupação causada pelas denúncias.
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