Marlete Santos Peixoto, 29 anos, que matou o cunhado queimado depois de uma discussão em Feira de Santana, foi presa nesta sexta-feira (5). Com mandado de prisão em aberto, ela foi presa na cidade de Iaçu ao deixar sua residência.
Marlete chegou a se apresentar na delegacia na época do crime, acompanhada por um advogado, quando admitiu que havia jogado gasolina e ateado fogo em Antônio Teodoro Silva, que teve 40% do corpo queimado e morreu quatro dias depois no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador.
Segundo a polícia, Marlete morava há quatro anos na casa do cunhado, Antônio Teodoro Silva, 27, quando saiu de Iaçu para procurar emprego. O crime aconteceu dois dias após a esposa de Antônio sair de casa, levando as duas filhas que tinha com a vítima.
Em depoimento, Marlene contou que a briga com Antônio começou quando ele perguntou onde a esposa estava e ela disse que não sabia. Os dois, então, começaram a discutir e a vítima quebrou o celular de Marlene.
A cunhada teria dito que ele iria pagar o aparelho e a vítima teria se negado e expulsado a suspeita de casa sem permitir que ela levasse nada. "Ela foi até um posto de gasolina e comprou um litro de gasolina em uma garrafa pet. Depois, ela colocou a gasolina em um vaso plástico, entrou na residência e chamou ele. Ele viu o líquido e perguntou se ela iria matá-lo. Ele não achou que ela teria coragem de fazer", explicou o delegado Gustavo Ameno Coutinho.
Marlene, entretanto, jogou a gasolina no cunhado e riscou o fósforo. A vítima ainda saiu correndo até o banheiro e ligou o chuveiro. Uma outra filha da vítima acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Antônio foi socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade. Parte da casa também pegou fogo. Após o crime, Marlene fugiu.
Entretanto, o estado de saúde da vítima piorou e ele foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois.
Violento
Segundo o delegado, Marlene afirmou que o cunhado era violento e tinha costume de bater na esposa. Ainda segundo a suspeita, há quatro queixas contra Antônio registrado na Delegacia da Mulher, em Feira de Santana.
Após ser ouvida, Marlene foi liberada. Segundo o delegado, não havia motivos para pedir a prisão preventiva da suspeita. "Como ela apareceu espontaneamente, tem residência e emprego fixos e é réu primária, além de estar colaborando com as investigações, não há motivos para pedir a prisão preventiva", informou.
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