Há dois anos, Adriana Pereira Borges, 26 anos, ouviu uma voz desconhecida chamá-la pelo nome na frente de casa. Se soubesse que estava prestes a colocar as vidas dela e do seu filho mais novo, então com três meses, em risco, não abriria a porta. “Foi a amante de meu marido. Ela chegou chamando meu nome na porta de casa, eu abri e estava com meu bebê no colo. Na mesma hora, fui surpreendida com ácido e só deu tempo de proteger meu filho. Graças a Deus, ele não teve nada”, contou Adriana, que teve todo o lado esquerdo do corpo atingido pela substância corrosiva e quase perdeu a visão de um dos olhos. Até aqui, foram 19 cirurgias feitas no Hospital Geral do Estado (HGE), mas ainda faltam muitas outras para apagar ou, pelo menos, amenizar as marcas do ataque.