INEXPLICÁVEL

Mais uma evidência da cumplicidade das elites com as constantes excepcionalidades ocorridas na Lava Jato, sempre para prejudicar as esquerdas e favorecer os tucanos. Sem prestar qualquer justificativa, o Conselho Nacional de Justiça retirou da pauta de julgamento os procedimentos que denunciam os abusos de autoridade cometidos pelo juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula.

IRREVERSÍVEL

A declaração do relator, deputado Artur Maia (PPS-BA), dá a dimensão da determinação do grande capital em impor a agenda neoliberal, razão maior do golpe que, ano passado, depôs a presidente Dilma Rousseff. "A aprovação da reforma da Previdência é irreversível, com ou sem Temer".

OPORTUNISMO

Ao admitir que a principal tarefa a cumprir nos Estados Unidos, para onde viaja nos próximos dias, será dizer aos norte-americanos que Temer vai permanecer na presidência, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, deixa claro que os tucanos já tomaram uma decisão a respeito do escândalo da mortadela. O PSDB, pelo menos os caciques, optaram pelo oportunismo. E não poderia ser diferente. Afinal, é o partido com o maior número de lideranças citadas em delações da Lava Jato.

COMBINAÇÃO

A permanência de Temer, que tem resistido apesar do escândalo da mortadela e da avassaladora impopularidade, reside nas divergências das classes dominantes combinadas com a insuficiência dos protestos de rua. As elites, evidentemente, não têm um pensamento unificado e hoje, mais do que nunca, as diferenças são muitas. O futuro do país flutua entre a capacidade do governo de impor a agenda neoliberal e, acima de tudo, do grau de contundência da resistência popular.

EXTRAJUDICIAL

Temer está com meio caminho andado para a condenação, na política e na Justiça. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao admitir as conversas gravadas com os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, o presidente fez um "confissão extrajudicial". A PGR enviou documento ao STF com essa argumentação.

CONLUIO

As imagens apresentadas por veículos da mídia conservadora comercial, em que Lula aparece em companhia de diretores da Petrobrás condenados em escândalos de corrupção, é "mais uma farsa" contra o ex-presidente,  armada pelos procuradores da Lava Jato, em conluio com a Globo, Folha e Estadão. É a denúncia que faz o Instituto Lula. As fotos manipuladas fazem parte de reuniões interministeriais e cerimônias da Presidência, com cobertura da imprensa.