Devotos de Irmã Dulce, voluntários e funcionários das obras sociais deixadas pela beata lotaram o santuário que leva seu nome no Largo de Roma, ontem à tarde, para lembrar os 25 anos de morte do ícone da caridade da Bahia. A missa foi celebrada pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, que recomendou aos féis que sigam os exemplos da beata de sempre ajudar os mais necessitados. A professora aposentada Clotildes Souza, 61 anos, por exemplo, atua como anjo (voluntária) nas Osid, uma vez por semana. “É uma terapia ajudar as pessoas. A força dela ajuda a gente a manter o trabalho”, comentou.
Não faltaram homenagens durante a cerimônia, que aconteceu após uma celebração reservada para a família e colaboradores no túmulo de Irmã Dulce. O padre Antônio Mariano cantou uma música que celebra a passagem da beata na terra e emocionou os fiéis.
Os católicos se emocionaram com a execução da música Ave Maria por adolescente da orquestra Irmã Dulce, uma parceria do Neojibá com o Centro Educacional Santo Antônio, de Simões Filho. “A gente espera que essa obra continue sempre viva para que ela também continue viva no coração das pessoas”, disse a sobrinha de Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, que acompanhou a missa ao lado do prefeito ACM Neto e do secretário estadual de Saúde Fábio Villas Boas.
“O milagre diário está aqui”, diz sobrinha de Irmã Dulce sobre as Obras Sociais
Leia entrevista com Maria Lopes Pontes abaixo.
Como está a emoção de ver uma missa com o santuário tão cheio?
Superou as nossas expectativas. A gente espera que ela seja lembrada, faz tudo para que ela seja lembrada, mas quando ela é lembrada assim é muito bom. A gente saí com a sensação de que ela continua tocando no coração das pessoas, com muito amor. A gente espera que seja para sempre assim e que a obra continue sempre viva para que ela também continue viva na memória das pessoas.
Antes da celebração no Santuário houve uma cerimônia privada para os familiares e os mais próximos. Como foi?
Exatamente no horário que ela faleceu, às 16h45, nós fizemos uma oração e depois teve uma homenagem muito singela, que jogaram pétalas em cima do túmulo dela. Uma homenagem bastante emocionante.
Hoje qual é o maior desafio de continuar o legado da caridade deixada por Irmã Dulce?
Eu diria que é a sobrevivência. A obra cresceu muito, financeiramente é uma grande responsabilidade, mas a prova está aí que a obra é de Deus. Mesmo com toda a crise a gente não diminui nenhum serviço, muito pelo contrário, a gente está atendendo ainda mais, inclusive pessoas que batem a nossa porta, que tinham plano de saúde e perderam por conta da crise, a gente sabe que o milagre diário está aqui no acolhimento e no serviço que se mantém.
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