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Religião

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Se você tem realmente compromisso com Jeová Deus, minha sugestão é de que jamais deixe de contemplar esta leitura. Mas se não houver em você interesse algum em ler o que se encontra disposto nesse texto, mesmo depois de tamanho apelo com invocação do nome do Senhor, e com isso o/a nobre continuar em equívocos, sobretudo se trata-se sua pessoa dum/a que ensina e conduz outros, repense profundamente acerca do que pode estar lhe aguardando lá na frente. Então volte e, pedindo forças ao Espírito poderoso d'Ele, faça a leitura.

Antonio Franco Nogueira

Tempos difíceis da Igreja Cristã

"Sabes, porém isto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis..."
2 Timóteo 3:1

Muitos problemas foram enfrentados pela Igreja Cristã no decorrer de sua história. Desde as seitas da época de Cristo e da Igreja Primitiva como as dos fariseus, saduceus, essênios, zelotes, etc... até a tentativa de harmonizar a interpretação das Escrituras com a filosofia grega, ou ainda o gnosticismo que tantos transtornos trouxe para o trabalho dos apóstolos e dos Pais da Igreja. Enfim, os primeiros séculos foram marcados por conflitos doutrinários, ataques a interpretação histórico gramatical da Bíblia, heresias de todos os tipos até chegar ao ápice do desvio do caminho correto na Idade Média também denominada de Idade das Trevas pelas razões que já apontei.

Com a Reforma e a luta pelo retorno a ortodoxia houve uma melhora significativa na vida da Igreja, tanto em sua declaração doutrinária como na sua expressão e ação como embaixadora de Cristo. Os pré-reformadores que prepararam o caminho para Lutero, Calvino e outros já haviam assumido essa batalha que se consuma na ruptura de muitos com os dogmas e doutrinas estranhas ao texto bíblico nas teses de Lutero e na posição de Calvino e Zuínglio, entre outros.

Com essa mudança radical na forma e na essência da Igreja, muitos grupos nasceram levando a bandeira  dos reformadores e propagando a Palavra de Deus com ousadia e poder, sempre fundamentados no conhecimento bíblico adquirido pelo estudo bíblico responsável e dedicado.

Mas, essa mudança de rumo não perdurou. O tempo passou e com a modernidade trazendo suas características críticas e científicas, porém destrutivas à visão sincera e honesta do estudo das Escrituras, muitas vezes sem nenhum embasamento bíblico que pudesse recomendá-los muito obscurantismo trouxe a teologia e a vida cristã de uma forma geral. O pós-modernismo com suas tendências relativizantes e com sua mensagem superficial acabou com o que restava da fé cristã genuína, criando grupos e denominações "evangélicas" sem compromisso com a Palavra e acorrentados a uma teologia triunfalista, desprovida de discernimento espiritual e da presença do Deus da Bíblia.

Podemos então, afirmar pelo registro da história que as causas e as origens dos problemas da Igreja no passado se deram pela busca por uma interpretação bíblica que trouxesse uma estrutura doutrinária e dogmática fiel às Escrituras, além de uma clara posição dessa Igreja diante do mundo que estava inserida sem que para isso houvesse uma mistura ou contaminação com ele.

Hoje, já temos o Cânon e a estrutura doutrinária e organizacional da Igreja bem delineados e sabemos bem os que se desviaram deles e os que se mantiveram fiéis. Porém, mesmo assim, um novo grupo de problemas nos assolam, tentando fazer-nos regredir no que avançamos. Podemos afirmar que, mesmo com todos os avanços e reformas, vivemos hoje em uma completa confusão em vários sentidos. Destaco algumas áreas em que permeia essa confusão.

1. Confusão com relação a credibilidade em grupos e denominações evangélicas ou protestantes:

No que diz respeito a confiança que podemos ter nas denominações evangélicas de uma forma geral a confusão é grande. Já não sabemos o que crêem os pentecostais históricos. A frequência cada vez maior de pessoas advindas de igrejas neopentecostais (seitas pseudo-cristãs) tem transtornado o ambiente nas igrejas pentecostais e trazido costumes e práticas que não eram comuns em seu meio. E a imitação dessas práticas por membros de igrejas pentecostais propagando esses costumes tem contribuído para uma verdadeira descaracterização das práticas pentecostais que antes eram muito claras e agora já ninguém sabe quais são.

Os tradicionais também já não sabem bem mais o que enfatizar. Vêmos igrejas tradicionais que sequer mantém uma EBD e muitas aderiram métodos de crescimento nada bíblicos, sem critérios razoáveis e sempre por interesses escusos, empolgação e manipulação por parte de grupos de pessoas imaturas e inconsequentes, que se aproveitam do sistema de governo eclesiástico dessas igrejas para implantar "democraticamente" práticas prejudiciais à harmonia e comunhão dos filhos de Deus. Métodos esses que são no mínimo questionáveis como a imitação de métodos escritos por autores de livros que residem em países onde o Cristianismo tem naufragado devido a líderes inescrupulosos, corrompidos pelo pecado e que necessitariam de aprender conosco e não nos ensinar. Além de métodos como os tais grupos G12 e outras nomenclaturas dadas ao mesmo método, e os tais "encontros" e "pós-encontros" que causaram e ainda causam tantos conflitos e divisões em várias igrejas e acabam por incentivar a existência dos movimentos de crentes sem igreja.

2. Confusão com relação a credibilidade em instituições de ensino teológico

Os seminários e faculdades teológicas sérias já não são tão sérias assim. Ao invés de reforçar a interpretação fiel do texto bíblico, o estudo e análise aprofundadas da Escritura, a maioria se dobrou a pressão de alterar seus currículos e contextualizá-los a uma realidade nada cristã de disciplinas essencialmente filosóficas e psicológicas. A boa teologia, a Teologia Bíblica, Teologia Sistemática e as disciplinas que se aprofundam no estudo da Bíblia como a Hermenêutica, Exegese e Teologia do NT e do AT, Teologia Pastoral, Aconselhamento Bíblico, História da Igreja e o estudo das línguas bíblicas são aos poucos substituídas por disciplinas meramente humanas como crescimento de igreja, oratória e comportamento, psicologia, sociologia, filosofia, administração empresarial disfarçada de eclesiástica, que poderiam ser usadas com o devido cuidado e critério bíblico como complemento mas nunca como fundamento ou como substitutas das disciplinas teológicas. Criam profissionais de igreja, profissionais de púlpito, discípulos da auto-ajuda, frios, calculistas e não obreiros do Senhor.

3. Confusão com relação ao conceito e prática do amor cristão

Esse ponto penso ser o mais grave e também a causa dos outros dois pontos anteriores.

Muitos não tem a menor idéia do que significa amar de forma cristã.

O uso correto dessa prática por si só já é poderosa para trazer a intervenção de Deus a uma situação ou a vida de alguém. O amor cristão é uma arma que destrói fortalezas e provoca mudanças.

Na situação em que vivemos, no contexto em que se encontra a Igreja Cristã hoje, essa prática traria grandes transformações a essa realidade.

O amor cristão é desprovido de interesses pessoais, busca sempre a benção do outro e reconstrução de vidas destruídas por si mesmas ou pelo poder e atuação do mal. Quando Paulo escreve sobre isso descreve com excelência vinda do Espírito sua abrangência e seu poder. Tudo pode, crê, suporta, espera, não acaba, não se porta com escândalos, é paciente, não se alegra com a injustiça mas com a verdade... (1 Cor. 13), e quando ele afirma que o amor é maior e mais importante que os dons espirituais e sem ele esses dons não produzem resultados satisfatórios, isso deveria nos impulsionar para amar, para amar, para amar... (Colos 3: 14)

Mas, lamentavelmente, o que vêmos não é expressão de amor. Vêmos igrejas, congregações lutando contra outras. Uma atrapalhando a outra, "brigando" por membros, se possível arrancando-os de suas igrejas de origem para trazer para as suas. Irmão maldizendo irmão. Pastores que usam púlpitos para destratar outros pastores e igrejas.

Infelizmente, tenho que afirmar como pastor há algum tempo, que muitas vezes o que mais atrapalha a vida de uma igreja, que atrapalha o seu trabalho e crescimento não são os incrédulos ou os grupos religiosos não cristãos. Muitas vezes os que mais atrapalham e transtornam o trabalho são outros grupos evangélicos, são os próprios irmãos, devido ao ciúme, a inveja, o egoísmo e ao orgulho e como diz Paulo, e coisas semelhantes a essas.

Nos reunimos muitas vezes para nos degladiar, nos ferir e nos maltratar. Já não nos reunimos para hinos e cânticos espirituais (Colos. 3: 16), não mais para interceder pelas almas perdidas, mas para nos ofender e nos mutilar.

Não suportamos as debilidades dos fracos (Rom. 15:1), não perdoamos os que nos prejudicam (Colos. 3: 13), não pagamos o mal com o bem (1 Tess. 5:15), ao contrário, queremos ser muitas vezes mais implacáveis que o próprio Deus (Mat. 5:43-48).

Confundimos o amor cristão com sentimento, com emoção. Não entendemos que o amor cristão não é um mero sentimento, é um mandamento (João 15:17). Não é opcional, é obrigatório. Esquecemos do exemplo e ensino do Senhor Jesus. Esquecemos do sermão do monte. Esquecemos do sacrifício que Ele se submeteu na cruz, sem reclamar, sem odiar... por amor a nós.

Confundimos o amor cristão com um falsa apologética que não o tem como ingrediente principal. A defesa da fé cristã não é uma defesa irada, sem medida, sem critérios, sem amor...Também não é uma piada, uma brincadeira em forma de chacota, fazendo a pessoa que erra de objeto de riso e o tornando ridículo aos olhos de seus irmãos. Aquele que teve a oportunidade dada por Deus para estudar e conhecer mais a Palavra de Deus deve encharcar o seu ensino do amor e da oração. Deve repreender com amor e alimentado pela oração. A leitura e o estudo minucioso do texto de 1 Coríntios 8: 1-13 deveria levar a uma interpretação e aplicação mais cuidadosa do saber e do conhecimento a muitos estudiosos, teólogos e mestres na Igreja no que tange a repreender e ensinar o irmão mais fraco e com menos conhecimento bíblico. A paciência fundamentada no amor deveriam ser marcas desse ensino.

O amor cristão visa sempre reedificar, reconstruir o que foi destruído ou perdido. Visa a restauração, dar mais uma oportunidade, andar mais uma milha. Nunca a condenação, pois não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, nunca a acusação, pois é o próprio Deus quem os justifica (Rom. 9:34). Deixemos Deus resolver essa questão.

Se usássemos essa poderosa arma, o amor, unida a nossa fé e capacitação espiritual, não viveríamos tanta confusão como vêmos em nosso arraial.

Não desanimemos!


Os tempos são difíceis, mas mesmo com toda essa confusão, existem remanescentes que prosseguem fielmente com o trabalho do Senhor de forma diligente e constante.

Esses exemplos devem nos animar e nos motivar para continuarmos também o serviço do Mestre, buscando clarear, abençoar, iluminar as mentes e corações pela obra do Espírito Santo.

Precisamos reformar o que está em ruínas. Reformar pelo amor cristão.

Por isso, ame a Deus, ame a Igreja, ame seu irmão, ame a Palavra de Deus, ame-se.

Pr. Magdiel G Anselmo.

Nota:
 

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