Ministério Público (MP) (Foto: Reprodução)
Cerca de uma semana após o início do desmonte dos serviços públicos em Camaçari, por parte do prefeito Elinaldo Araújo (União), um grupo de oito vereadores eleitos acionou o Ministério Público na busca por reverter as decisões do alcaide.
O grupo, formado por Tagner Cerqueira (PT), Marcio Neves (PT), Kaique Ara (PT), Dentinho do Sindicato (PT), Paulinho do Som (PT), João Dão (PSB), Vagner Bispo (PSB) e Sales de Val Estilos (PSD), protocolou, nesta segunda-feira (4) três documentos que destacam a interrupção dos serviços de emergência do SAMU, a suspensão do transporte universitário e o cancelamento do auxílio funerário para famílias de baixa renda.
No caso do SAMU, os vereadores argumentam que a demissão de profissionais e a redução no quadro de atendimento coloca em “risco iminente” a saúde pública, uma vez que a equipe passou a operar com apenas dois médicos por turno, atendendo não só Camaçari, mas também outros municípios da região. A redução compromete a eficácia do serviço de urgência, fundamental para situações de risco à vida.
Quanto ao transporte universitário, que beneficiava mais de 2 mil estudantes, os parlamentares apontam que a suspensão repentina do serviço sugere uma retaliação política após a derrota nas eleições municipais. No documento, eles pedem a investigação sobre a motivação da medida e destacam que o direito ao transporte estudantil é essencial para garantir o acesso à educação, conforme estabelecido na Constituição Federal.
Por fim, o grupo denunciou o encerramento abrupto do auxílio funerário gratuito para famílias socialmente vulneráveis, afirmando que a suspensão desse benefício, ocorrida logo após as eleições, afeta diretamente a população mais carente de Camaçari. Os vereadores indicam que o serviço, essencial em momentos delicados, pode ter sido utilizado pela atual gestão como estratégia para influenciar o voto de eleitores.
As ações adotadas pela Prefeitura de Camaçari na última semana, como a demissão de comissionados, o cancelamento de serviços e o fechamento de imóveis alugados onde funcionavam serviços públicos, têm gerado grande insatisfação entre os moradores. Com o apoio do Ministério Público, os vereadores eleitos esperam que os serviços essenciais sejam retomados e que as responsabilidades sejam apuradas.
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