A porcentagem cai para 26% quando os casos são decididos pelo plenário e apenas 16% quando se trata da primeira turma.
A turma do Supremo Tribunal Federal que julgará o pedido de liberdade do ex-presidente Lula no próximo dia 26 costuma decidir em favor do réu em 40% dos casos, segundo levantamento feito pelo diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo.
A turma decidiu 207 casos desde junho de 2015. Além de Fachin, fazem parte dela os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello.
A porcentagem cai para 26% quando os casos são decididos pelo plenário e apenas 16% quando se trata da primeira turma.
Um dos ministros do grupo, Gilmar Mendes, disse recentemente que o contínuo apoio do eleitorado a Lula é um enigma.
“Poucos políticos candidatos a presidente, o líder da pesquisa com 30% de apoio e algo irredutível, apesar de todas as revelações, informações e até de um certo massacre midiático. E quando se pergunta o que as pessoas querem, elas respondem que não querem candidato envolvido com corrupção. Não obstante, eles apontam o ex-presidente Lula. Então, esse é um enigma que nós precisamos decifrar”, afirmou ele em entrevista à Globonews.
Gilmar agora é tido como um dos garantistas da Corte, grupo que interpreta a Constituição literalmente e, assim, não aceita o cumprimento da pena antes do trânsito em julgado.
Do grupo também fazem parte Lewandowski, Toffoli e Celso de Mello.
“Trata-se de pré-candidato à Presidência da República que, além de ver sua liberdade tolhida indevidamente, corre sérios riscos de ter, da mesma forma, seus direitos políticos indevidamente cerceados, o que, em vista do processo eleitoral em curso, mostra-se gravíssimo e irreversível”, escreveu a defesa de Lula no recurso.
No lançamento da pré-candidatura de Lula em Belo Horizonte, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, garantiu que o ex-presidente não vai desistir de concorrer ao Planalto se for libertado: “Acenaram para o Lula com um acordo, abre mão de sua candidatura que você sai da cadeia, que a gente liberta você”, revelou.
Segundo nota do Painel da Folha, “a decisão do ministro Edson Fachin de incluir um pedido de liberdade de Lula na sessão da Segunda Turma do Supremo do dia 26 alvoroçou empresas com peso no mercado. Dirigentes de instituições financeiras de dentro e de fora do país acionaram contatos para especular sobre as chances de o petista sair da cadeia. A maioria dos magistrados que vai julgar o recurso é contra prisão em segunda instância. Isso, porém, não os impediu de, em maio, negar a soltura do ex-presidente”.
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