Um homem, suspeito de matar o dançarino e produtor Marcos Venício Santos de Jesus, 32 anos, conhecido como Nego Pom, foi preso na noite desta segunda-feira (4) no bairro de Paripe, em Salvador. Segundo informações da polícia, Tiago dos Santos Bezerra, 22, e Luan Marques Sampaio, 18, foram detidos pela Polícia Militar, enquanto praticavam assalto. Luan, conhecido como Marreta, é suspeito de participar da morte do dançarino.
Eles estavam assaltando pessoas no bairro e foram flagrados por uma equipe da 19ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Paripe). A dupla foi encaminhada para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde permanece presa.
Por meio da assessoria de comunicação, a Polícia Civil informou que o delegado Jamal Amad, que investiga o caso, ainda não encontrou nenhum elemento que ligasse os dois suspeitos ao crime.
Em nota, a Polícia Militar informou que uma equipe da 19ª CIPM prendeu os dois quando eles estavam assaltando um homem. A PM confirmou que um dos presos tem envolvimento com a morte do dançarino. Eles foram flagrados por volta das 21h, na BA-528, em Paripe.
Com eles, foram apreendidos um revólver 38 e munições. De acordo com a polícia, a dupla já tinha roubado o celular da vítima e também levaram a moto Honda CG 150.
Crime
Guiado pelo GPS, Nego Pom queria chegar em Vista Alegre. No entanto, acabou parando na Nova Constituinte, em Periperi, território da facção Bonde do Maluco (BDM), local onde foi atacado a tiros e pedradas, no dia 21 de junho. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu.
Segundo uma moradora da região, ele procurava, sem saber, uma pessoa ligada a uma facção rival. Marcos Venício era dançarino da banda Guetto é Guetto, que acabou após a morte dele.
“Ele estava de moto e visivelmente perdido. Perguntou como fazia para chegar em Vista Alegre, porque tinha que pegar o dinheiro na mão de um tal Jefinho para pagar a banda que produzia, a Hit Hall’s”, disse a mulher, que inicialmente não reconheceu o dançarino. “Eu o via com os dreads, mas como ele estava sem, nem liguei o nome à pessoa. Só alguns minutos depois que o reconheci, quando caído e coberto de sangue”, contou a mulher ao CORREIO.
De acordo com a testemunha, por volta das 15h, Marcos Venício entrou na Rua Ana Cristina, que liga a Nova Constituinte à localidade do Congo. Ele queria sair logo da Nova Constituinte e entrou por conta própria na Rua Ana Cristina, onde parou a moto em frente a um lava-jato. Em seguida, desceu falando no celular, como se estivesse querendo confirmar o endereço com alguém.
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