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Opinião

A Ofensiva contra Os Novos Judeus do Reich Tupiniquim (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)A Ofensiva contra Os Novos Judeus do Reich Tupiniquim (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Mais uma vez, as forças reacionárias, antipopulares e corruptas que tomaram de assalto o país lançam uma ofensiva hedionda contra o PT.

Não é algo casual. Tal ofensiva, baseada em delações sem provas, requentadas e contraditórias, surge justamente no momento em que os crimes e o fracasso retumbante da quadrilha golpista se tornam cada vez mais evidentes aos olhos da Nação.

Numa espécie de truque de prestidigitação midiática, tentam ocultar dos olhos do povo os milhões de dinheiro sujo do bunker de Geddel, um dos principais articuladores do golpe. Num ato de suprema canalhice, tentam associar esse dinheiro ao PT.

Tentam ocultar também as ilegalidades e as irregularidades das investigações e das delações promovidas pelo MPF e seu Procurador-Geral, que, por seu cunho nitidamente partidarizado, parecem servir mais a objetivos políticos escusos e à fogueira das vaidades de alguns de seus dirigentes que à causa republicana de um verdadeiro e isento combate à corrupção.

Não por acaso, após se ver enredado numa trama canhestra revelada pelas gravações de Joesley et caterva, o Procurador–Geral resolve, mais uma vez, oferecer denúncia sem provas contra o PT, numa clara manobra diversionista.

Não por acaso, surgem, num timing político perfeito, as delações de Palocci, sem nenhum lastro fático e motivadas pelo natural desespero de quem sabe que acusações vazias a Lula e ao PT representam um invariável passaporte para reduções de penas e relaxamento de prisões.

Palocci fez um “pacto de sangue” com o engodo institucionalizado da Lava Jato partidarizada. Tentou falar dos negócios escusos do sistema financeiro e mídia. Foi ignorado.

Deixaram claro que só aceitariam uma delação que condenasse Lula, Dilma e o PT. Após um ano de tortura psicológica, sucumbiu. Num país civilizado, seus algozes seriam submetidos aos rigores da lei. Não obstante, entre os nossos seguidores de Carl Schmitt, tudo isso é muito natural.

Agora, surge o supremo cinismo. A acusação referente à edição da MP nº 471/2009. Ora, essa MP somente prorrogou, até 2015, os incentivos fiscais que já haviam sido concedidos para o setor industrial pelo governo FHC.

Ela permitiu a dinamização de áreas economicamente deprimidas e possibilitou que Estados como Bahia, Goiás, Pernambuco e Ceará tivessem um significativo incremento de empregos no setor industrial, que passaram de 0,26% do total nacional, em 1999, para impressionantes 13,07%, em 2009.

Assim sendo, a referida MP deu uma contribuição inestimável para o desenvolvimento do Brasil e para a diminuição de suas desigualdades regionais.

Quando foram criadas por FHC, essas regras eram do interesse público. Mas, quando foram apenas prorrogadas por Lula, se transmutaram automaticamente em “propina”. É assim que funciona a cabeça cínica, hipócrita e ignorante dos acusadores de Lula.

Aliás, ninguém até agora explicou direito aquela história de FHC “passar o chapéu”, no Palácio do Alvorada, para construir seu Instituto.

Em dezembro de 2002, FHC ofereceu um jantar no palácio da Alvorada ao PIB. Presentes, entre outros, Emilio Odebrecht. Na ocasião, FHC passou o chapéu para construir seu Instituto. Resultado da arrecadação em apenas uma noite: R$ 7 milhões. Em valores de hoje, R$ 17,64 milhões.

Isso mesmo. FHC fez uma reunião num prédio público, ainda na presidência, para pedir dinheiro às empreiteiras e aos banqueiros para seus fins privados. O jantar, caríssimo, com finos vinhos franceses, foi pago com dinheiro público. Todo o mundo achou lindo. Ninguém sequer insinuou que podia ser propina por serviços prestados (muitos).

Não estou dizendo que tenha sido. Agora, imagina se tivesse sido o Lula ou a Dilma. Era impeachment na certa, com direito a horas de reportagens no Jornal Nacional, capas das principais revistas semanais e a centenas de artigos de raivosos colunistas.

Neste momento, criam um escarcéu em torno de um terreno que a própria acusação reconhece que nunca foi do Instituto Lula. Porém, se a Odebrecht tivesse feito a doação de um terreno para o Instituto FHC, ninguém teria achado nada de mais, assim como não acharam nada de mais que FHC “passasse o chapéu” em pleno Palácio do Alvorada.

Ninguém também decidiu investigar o papel de alguns países, principalmente dos EUA, no golpe e na Lava Jato partidarizada. Testemunhas brasileiras estão prestando depoimentos sigilosos às autoridades norte-americanas, sem o conhecimento de advogados de defesa envolvidos nos processos.

Empresas brasileiras estão sendo processadas nos EUA, por supostos ilícitos cometidos no Brasil, e obrigadas a pagar multas bilionárias. Petrobras, Odebrecht e várias outras empresas nacionais estão perdendo todo o acesso a um mercado externo vital para seus interesses e os interesses do Estado brasileiro, que agora será ocupado por empresas estrangeiras, inclusive norte-americanas.

Ninguém dá um pio. Ninguém se mexe. Parece que o nosso sistema de inteligência, a quem cabe a função de contrainteligência, só funciona para monitorar os opositores do golpe e os movimentos sociais.

Somos motivos de riso para diplomatas estrangeiros que sabem muito bem como funciona o jogo pesado da geopolítica mundial. Eles assistem com assombro a nossa passividade e ingenuidade com o desmonte de um país antes respeitado chamado Brasil.

De fato, essa contraofensiva moralmente hedionda e juridicamente vazia contra o PT, que se segue ao êxito extraordinário da Caravana de Lula pelo Nordeste, intenta mascarar o monumental fracasso do golpe que a quadrilha corrupta e a oligarquia reacionária cometeram contra a democracia brasileira.

Com efeito, o golpe destruiu nossa democracia, nossa economia, nossos empregos, nossos salários, nossos direitos trabalhistas, nosso Estado do Bem-Estar. Destrói nossa saúde, nossa educação, nossa soberania, nossa autoestima, nossa esperança, nossa alegria.

O golpe transformou a antiga sexta economia mundial, respeitada no plano internacional, numa republiqueta de bananas e numa plataforma colonial dependente. O golpe vende o Brasil, seu patrimônio, suas riquezas, seu futuro. O golpe vende a vida de nossos filhos e netos.

Para ocultar essa espantosa destruição, intenta-se destruir o PT, pois eles sabem muito bem que Lula o PT representam a única grande força democrática e popular capaz de deter essa ação predatória da agenda ultraneoliberal imposta ao país sem um único voto.

Não querem enfrentar democraticamente o PT nas urnas, querem transformá-lo no inimigo interno a ser destruído. Os novos judeus do Reich tupiniquim. Não querem o debate político de ideias e propostas, querem amordaçar os críticos do golpe.

Temem a quinta derrota eleitoral consecutiva que fatalmente viria. Querem uma “democracia” sem oposição real, sem protestos, sem vida, na qual os excluídos não tenham voz e voto.

Mas o povo brasileiro não se esquecerá do legado dos governos progressistas e populares. Não se esquecerá do papel central que o PT desempenhou na luta contra a ditadura e pela democracia. Não se olvidará da participação crucial do PT em todas as grandes lutas da população mais simples do Brasil.

Não se esquecerá dos 24 milhões de empregos que foram gerados. Não se esquecerá dos 42 milhões de compatriotas que saíram da pobreza. Não se esquecerá da fome finalmente saciada.

Não se esquecerá do Bolsa Família, do Minha Casa Minha Vida, do Mais Médicos, do Prouni, do Fies, da abertura das universidades para pobres, negros e índios e de tantos outros programas que incluíram os historicamente excluídos num país para todos. E que agora estão sendo asfixiados pelos golpistas.

Sem o PT e a liderança popular de Lula não haverá democracia real no Brasil. Haverá apenas fraude eleitoral e engodo político. Haverá um pleito sem escolhas efetivas.

Sem Lula e o PT, o povo brasileiro será forçado a escolher entre a direita “apolítica” e a extrema direita caricata.

Em qualquer hipótese, sem Lula e o PT teremos um Reich neoliberal.

Sem o PT e a liderança popular de Lula não haverá futuro. Haverá apenas o retrocesso a um passado de exclusão, fome, miséria, desigualdade e dependência.

Apesar das grosseiras injustiças, das ofensivas cínicas e hipócritas contra Lula e seu partido, contra o inimigo interno, contra os novos judeus do Reich tupiniquim, o povo brasileiro sabe que seu caminho de lutas sempre foi iluminado pela estrela do PT.

E o futuro pertence a que sempre esteve do lado do povo. O Auchswitz jurídico-político do Brasil terá vida curta.

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