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Opinião

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Quando pisei pela primeira vez numa redação de jornal, o editor-chefe Alberto Helena Jr. me disse que uma notícia deveria responder a seis perguntas básicas: 1) o que? 2) quem? 3) onde? 4) quando? 5) como? e 6) por que? Se não respondesse a alguma delas não seria notícia, mas boato. Uma notícia a caminho de ser notícia.

Me lembrei disso porque depoimentos da Lava Jato estão protegidos por sigilo não (apenas) devido ao seu conteúdo potencialmente explosivo, mas porque são acusações que ainda não foram comprovadas. Não passam, portanto, de boatos. No entanto, quando são publicadas ganham status de notícia. E servem para acirrar ainda mais os ânimos entre petistas e tucanos e difundir versões que podem vir a ser desmentidas no futuro.

É claro que é sempre melhor uma imprensa equivocada que uma imprensa calada, mas também é verdade que muitos desses boatos podem criar um clima de geleia geral, martelar a ideia de que são todos farinha do mesmo saco, demonizar todos os políticos e a política com eles.

Por esse motivo sempre é bom ler esses "furos" com a devida cautela, com um pé atrás, refiram-se eles a Lula, Jaques Wagner, Fernando Henrique, Temer ou Renan, antes de levantar a borduna ameaçadora contra eles.

É melhor esperar que os "furos" virem notícias, que respondam satisfatoriamente às seis perguntas básicas do manual de jornalismo.

O caso de Cunha é diferente, não é acusado apenas no diz-que-me-diz da Lava Jato. Há fatos concretos contra ele, fatos demais e concretos demais.

 

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