O vereador Thiago Bitencourt (PL) ao lado do seu mestre, Jair Bolsonaro (PL) - Foto: Carta Capital
Não falham. Eles tem um perfil parecido, tem lado político definido e um lema em comum: “Deus, pátria, família”. A onda de ódio que atingiu o Brasil nos últimos anos, também tem um alvo recorrente, as mulheres. Reforçando essa triste estatística, o vereador e médico Thiago Bitencourt Lanhes Barbosa (PL), de Canarana (MT), foi preso no sábado (31) acusado de estuprar e manter uma adolescente como escrava sexual, abusar de uma criança de dois anos, além de armazenamento e compartilhamento de imagens de abuso e exploração sexual infantil.
O vereador, ferrenho defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro, de mesmo partido, foi capturado por meio de uma operação da Polícia Civil que apurava crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Durante a operação, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na casa e nos consultórios do acusado. Nos endereços, os investigadores apreenderam grande quantidade de imagens de abuso sexual infantil, roupas infantis e itens sexuais. Com a quantidade vasta de provas, Thiago Barbosa foi preso em flagrante.
Os investigadores encontraram nos endereços relacionados ao médico, diversos materiais relacionados ao crime de pedofilia. “Parte desse material teria sido produzido, armazenado e divulgado pelo próprio suspeito”, informou o delegado Flávio Leonardo, responsável pelo caso. Além dos objetos, a polícia identificou que o Thiago Barbosa estaria mantendo um “relacionamento” com uma adolescente, a qual ele submetia a práticas de escravidão sexual.
As investigações tiveram início após denúncia do pai de uma criança de 2 anos. O pai da menina relatou à polícia que a cunhada, de 15 anos, estava envolvida com Bitencourt, que tem 39 anos, e “fazia tudo que ele pedia”. A partir deste relacionamento com a adolescente, Bitencourt teria passado a abusar da criança de 2 anos.
Os agentes identificaram ainda, que a adolescente de 15, sofria abusos desde os 12 anos de idade. O delegado responsável pelo caso conta que o vereador usava a profissão de médico para ter acesso e se aproximar das vítimas em situações de vulnerabilidade.
Mau costume
O “defensor dos bons costumes”, Thiago Bitencurt Barbosa, é acusado também pelo MP daquele estado, que abriu investigação, por suspeita de irregularidades no exercício da função como médico concursado. A denúncia foi feita pela Prefeitura de Canarana, à quem o vereador presta serviço como médico, com salário de R$ 28 .000, que o acusa de ter passado ao menos 5 meses sem registrar presença no posto de trabalho.
O processo tramita em segredo de Justiça e até o momento, cinco vítimas foram identificadas.
Roupas infantis e brinquedos apreendidos na casa do vereador - Divulgação
Consultorio do médico, ou do monstro, dependendo do ponto de vista, onde atendia na prefeitura da cidade - Divulgação
Momento da 'batida' policial e prisão do vereador - Divulgação
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