Segundo o levantamento, os efeitos são especialmente significativos entre crianças menores de cinco anos e idosos com mais de 70 anos (Foto: Reprodução)
Mais de 700 mil mortes e oito milhões de internações hospitalares foram evitadas entre 2004 e 2019 pelo Programa Bolsa Família (PBF). É o que revela um estudo publicado na revista The Lancet Public Health. Segundo o levantamento, os efeitos são especialmente significativos entre crianças menores de cinco anos e idosos com mais de 70 anos. Para o estudo, “foram examinados dados de 3.671 municípios, definidos pela qualidade adequada de registro civil e das estatísticas, representando mais de 87% da população brasileira”.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, comemorou os resultados obtidos. “O resultado da pesquisa é muito animador, pois mostra que o Bolsa Família também é muito eficiente e traz ótimos resultados na área da saúde. Também nos mostra que as políticas sociais são fundamentais para uma população mais saudável”, destacou.
Intitulada “ Efeitos do programa brasileiro de transferência condicionada de renda na saúde ao longo de 20 anos e projeções até 2030: um estudo retrospectivo de análise e modelagem”, a pesquisa foi conduzida por Rômulo Paes, do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE-Fiocruz), Daniella Cavalcanti, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Davide Rasella, da Universidade de Barcelona, e colegas.
Essa análise é considerada a primeira avaliação abrangente de impacto do programa sobre mortalidade por todas as causas em todas as idades. Um dos maiores programas de transferência de renda com condicionalidades do mundo, o Bolsa Família teve impacto expressivo na saúde da população brasileira ao longo de seus vinte anos de existência e além do resultado perceptível, o estudo traz agora materialidade para a avaliação.
Em nota, o governo federal revela que os dados da pesquisa evidenciaram que “os efeitos sobre a saúde são mais robustos quando há alta cobertura (percentual de famílias elegíveis atendidas) e alta adequação (valor médio transferido por família) do programa”. Nessas condições, a mortalidade infantil caiu 33% e as internações de idosos acima de 70 anos foram reduzidas pela metade. Além disso, as populações historicamente excluídas - como crianças em extrema pobreza, famílias em áreas rurais remotas, e comunidades negras e indígenas - foram as mais beneficiadas.
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