Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Irã e Indonésia, são os países que formam o Brics. Foto: Divulgação PT/Brasil
Durante o Fórum de Desenvolvimento da China, realizado neste domingo (23) em Pequim, a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT), removida do cargo mais alto do país em 2016 através de um golpe de estado, foi reconduzida à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB - sigla em inglês), mais conhecido como Banco do Brics, para um mandato de cinco anos.
Em entrevista ao editor-chefe do Brasil 247, Leonardo Attuch, Dilma reforçou a importância do NDB na nova ordem mundial: “O BRICS é um fator de estabilidade em tempos de incerteza”. Para ela, o bloco deve desempenhar papel central na construção de uma ordem internacional multipolar e baseada na igualdade entre os países. “O parâmetro das relações internacionais não pode ser a força. Tem que ser o respeito entre os países”, afirmou.
A recondução de Dilma ao cargo, mais uma prova da sua competência como gestora, foi uma indicação do presidente russo, Vladmir Putin, aprovada por unanimidade pelo conselho da Instituição. Segundo as regras do Brics, Putin detinha a prerrogativa de indicar o novo presidente da instituição. “A Rússia propôs estender a presidência do Brasil e da presidente do banco, Sra. Rousseff. Tendo em mente que este ano o Brasil preside o G20, no próximo ano ele nos tirará o bastão e liderará o Brics”, afirmou o presidente Putin, em 2024, quando manifestou sua escolha.
O Fórum de Desenvolvimento da China 2025 reúne líderes políticos, CEOs de grandes empresas e especialistas em economia global. A participação de Dilma no fórum consolidou sua posição de liderança no BRICS e seu compromisso com o fortalecimento da cooperação entre Brasil e China. Sua reeleição para o comando do NDB confirma o respaldo dos países-membros ao seu trabalho e à sua visão de desenvolvimento. O Brics é formado por 11 países atualmente – Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Irã e Indonésia.
Repercussão nacional
A Ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi uma das primeiras a parabenizar Dilma publicamente, através de uma postagem no X (antigo Twitter). “Parabéns, presidenta Dilma Rousseff, pela recondução à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento. Sob sua direção, o Banco dos Brics vem cumprindo importante papel no desenvolvimento de nossos países”, postou Hoffmann.
Além de Gleisi Hoffmann, outras autoridades nacionais comemoram a permanência de Dilma na liderança do banco. Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destacou a indicação como estratégica para a política internacional brasileira. “A reeleição da Presidenta Dilma, para mais um mandato à frente do NDB, fortalece a presença do Brasil nos BRICS e em sua ampliação. Intensifica a ponte estratégica do governo Lula com a China e amplia as relações do Brasil no Sul Global. É muito importante, neste momento histórico de imensos desafios geopolíticos”, declarou.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), fez coro à fala de Mercadante, também via redes sociais. “Dilma é reconduzida à presidência do Banco do Brics. Sua liderança à frente da instituição demonstra o papel estratégico do Brasil no cenário internacional, no desenvolvimento sustentável e na construção de um mundo multipolar”, escreveu o parlamentar na rede social X.
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