Galeria de Fotos

Não perca!!

Nacional

Delegado Maurício Demétrio está preso desde 2021; ele foi condenado recentemente por cinco crimes, entre eles obstrução de justiça, organização criminosa e lavagem de capitais. Créditos: Reprodução Delegado Maurício Demétrio está preso desde 2021; ele foi condenado recentemente por cinco crimes, entre eles obstrução de justiça, organização criminosa e lavagem de capitais. Créditos: Reprodução

O delegado Maurício Demétrio Afonso Alves, que está preso desde junho de 2021, foi condenado, na última segunda-feira (8), a nove anos de prisão pelo cometimento de cinco crimes: obstrução de justiça, organização criminosa e lavagem de capitais, além de laudo falso e inserção de dados falsos em sistema.

Segundo conversas tiradas de 12 celulares apreendidos em seu apartamento na ocasião de sua prisão, continham "manifestações inaceitáveis", de acordo coma decisão do juiz Bruno Rulière, responsável pelo processo contra o policial civil na 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Comarca da Capital.

No dia seguinte ao brutal assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 14 de março de 2018, Demétrio fala com ironia sobre a morte da parlamentar: "Gente. O enterro da vereadora será no Caju. Mas a comemoração alguém sabe onde será?".
Racismo

Além dessa, outra frase relatada na decisão do juiz, considerada inapropriada, é quando Demétrio fala de maneira racista e preconceituosa sobre a delegada Adriana Belém chamando-a de “macaca escrota” e “crioula”.

O interlocutor de Demétrio nas duas falas é o delegado Allan Turnowski, na época, num cargo de diretoria na Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). Na conversa sobre Marielle, Turnowski responde com três emojis de espanto. Sobre o tratamento racista contra Belém, o delegado e ex-secretário da Polícia Civil posta um ponto de interrogação, como se não entendesse o motivo da expressão preconceituosa usada por Demétrio ao citar a colega.

Durante a conversa, Demétrio parece querer plantar algo contra Belém e pede: "Me arruma um print da Belém fazendo campanha pro Paes. Urgente. Postando coisa (sic)". Demétrio responde: "Falta grave. Pôr essa macaca na rua. Fazendo hora extra. Aqui, crioula escrota".

Em outra conversa, Demétrio descreve o Brasil como "macacolândia": "Muito interessante. Aqui vemos o real sobre human and civil right's (direitos humano e civil). O discurso patético e esquerdista que vemos em macacolândia, é apenas um folhetim ridículo das viúvas de Fidel e de Chaves (referindo-se ao comunismo dos ex-presidentes Fidel Castro, de Cuba; e Hugo Chaves, da Venezuela).
Perda do cargo

Além das condenações, o juiz Bruno Rulière determinou ainda a perda do cargo de delegado de Polícia Civil e ordenou que o dinheiro arrecadado com a venda dos veículos importados do réu fique nos cofres do estado, resguardando apenas eventual direito de vítimas.

Houve um desmembramento da ação penal. Os outros crimes como organização criminosa, concussões e lavagem de dinheiro ainda serão julgados. O delegado é apontado como chefe do bando formado por policiais civis de sua confiança, peritos, advogados e comerciantes. Segundo a denúncia do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ), a formação do grupo ocorreu dentro da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), desde 2018.

Mauricio Demétrio já passou por diversas delegacias, quase todas especializadas — delegacias do Meio Ambiente (DPMA), do Consumidor (Decon), de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) e de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM).

*Com informações de O Globo

 

VEJA TAMBÉM

Atos golpistas completam um ano com 30 condenados por invasões

Clique aqui e siga-nos no Facebook

 

Camaçari Fatos e Fotos LTDA
Contato: (71) 3621-4310 | redacao@camacarifatosefotos.com.br, comercial@camacarifatosefotos.com.br
www.camacarifatosefotos.com.br