Apoiador do presidente Jair Bolsonaro confessou que matou colega de trabalho após discordância política
O apoiador do presidente Jair Bolsonaro que matou um colega de trabalho defensor do PT, no Mato Grosso, afirmou que a briga entre os dois começou após a vítima defender o ex-presidente Lula em uma discussão política. Benedito Silva de Oliveira, de 42 anos, foi assassinado com 15 golpes de faca e machado na noite da última quarta, 7, em Confresa, a mil quilômetros de Cuiabá.
Em depoimento, o trabalhador rural Rafael Silva de Oliveira, 24, disse que os dois estavam fumando cigarro juntos quando o assunto de política veio à tona. Ele disse ainda que agiu para se defender de Benedito, que o teria agredido com socos e pego uma faca para atacá-lo.
“Benedito estava defendendo o ex- presidente Lula e o eu estava defendendo o atual presidente, Jair Bolsonaro. Com isso iniciamos uma discussão, pois nenhum concordava com a opinião do outro. Nesse momento, ele me deu um soco no queixo e eu revidei no peito dele, mas logo depois nos acalmamos. Tempos depois, o Benedito pegou uma faca que estava sobre uma mesa e ficou parado. Eu fui para cima, para pegar a faca, mas ele cortou a minha mão, mas eu consegui tirar a faca dele”, disse o acusado, segundo a reportagem da Veja.
“Após o interrogando (Rafael) pegar a faca, Benedito saiu correndo e o interrogando foi atrás para golpeá-lo; que o interrogando logrou êxito em acertar uma facada nas costas de Benedito enquanto ele corria, mesmo assim Benedito continuou correndo e o interrogando foi atrás até que a vítima caiu no chão”, pontuou a polícia, com base no depoimento de Rafael.
Depois de matar Benedito, o acusado disse que saiu do local para se livrar do machado, uma das armas do crime. Ele afirmou que deixou o objeto do lado da cerca do outro lado da estrada, tornou para casa, onde lavou as mãos no banheiro, e saiu novamente após pegar a faca também utilizada no crime e um par de roupas.
Rafael contou que jogou a faca próximo de onde havia deixado o machado e seguiu em direção a cidade de Confresa. Ele trocou as roupas sujas de sangue pelo caminho e, por volta das 6h de quinta-feira, 8, chegou ao Hospital Municipal de Confresa em busca de atendimento médico para suas feridas.
Ao hospital, o bolsonarista alegou ter sofrido uma tentativa de roubo e se machucou ao reagir. No entanto, policiais militares, que já tinham conhecimento da morte de Benedito, foram à unidade de saúde e o interrogaram.
Rafael, então, confessou os crimes, apresentou as armas do crime e foi conduzido até a delegacia. O trabalhador rural foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio qualificado.
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