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O último concurso da Funai foi realizado em 2016, gerando um déficit enorme e pressionando pelo novo concurso (Foto: PARALAXIS/Shutterstock.com/Reprodução)O último concurso da Funai foi realizado em 2016, gerando um déficit enorme e pressionando pelo novo concurso (Foto: PARALAXIS/Shutterstock.com/Reprodução)

Edital ainda não foi publicado e possibilita que interessados se preparem melhor

A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) solicitou a realização de concurso para o preenchimento de 826 cargos de provimento efetivo a serem distribuídos por todas as unidades espalhadas pelo Brasil. Embora ainda não se saiba quando o Ministério da Economia autorizará o concurso (pode ser em 2022 ou em 2023), qual será a banca responsável pela aplicação da prova ou como será o edital, essa é uma excelente oportunidade para não perder tempo e começar a se preparar o quanto antes.

A advogada, especialista em direito tributário e professora de cursos preparatórios, Bia Nogueira estima que a expectativa é que sejam diversos cargos, tanto para nível médio como para nível superior, com remuneração aproximada de R$5.349,07 para nível médio e, aproximadamente, R$6.420,87 para nível superior.

A especialista indica que os profissionais aprovados também contarão com alguns benefícios, como Gratificação de Apoio à Execução da Política Indigenista (GAPIN) de R$ 777,50 para nível médio e R$ 818,78 para nível superior e Gratificação de Desempenho de Atividade Indigenista (GDAIN) de R$ 2.955,00 para nível médio e R$ 3.655,00 para nível superior. “Para quem está com receio do concurso não acontecer, saiba que o órgão possui hoje um déficit de servidores e, atualmente, trabalha com menos da metade do quadro efetivo de pessoal”, alerta Bia.

Conhecimentos específicos

É importante ressaltar que para concorrer a uma vaga na Funai, o candidato precisará de conhecimento suficiente sobre o atual cenário dos povos originários, assim como as políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável e proteção dessas populações indígenas.

“Conhecer esses aspectos gerais é de suma importância na preparação para esse concurso. Minha sugestão para sua preparação é pegar o edital da prova de 2016, montar um cronograma dos assuntos de conhecimento comum à todos os cargos e resolver o máximo de questões possíveis”, defende a professora. Bia Nogueira indica a procura por um curso preparatório, pois as metodologias utilizadas, geralmente, facilitam a organização do material de estudo.
Bia Nogueira salienta a importância de conhecer bem as funções desenvolvidas pelo órgão, que não realiza concurso público desde 2016 (Foto: Divulgação)

O último concurso público para Funai foi realizado em 2016 e teve a oferta de 220 vagas para os cargos de Contador  – 06 vagas; Engenheiro Agrônomo  – 05 vagas; Engenheiro na área de Agrimensura – 04 vagas; Engenheiro Civil – 03 vagas; e Indigenista Especializado – 202 vagas. “Não sabemos ainda qual será a banca examinadora e nem os cargos que serão ofertados, mas o último certame foi organizado pela ESAF, que tem como característica cobrar aspectos de conhecimentos gerais nas suas questões, não se atendo, por exemplo, apenas ao que tem no texto da lei. Portanto o candidato precisa estar bastante atualizado”, orienta a professora.

Gestão de tempo

Outro ponto destacado por Bia são os enunciados extensos das questões e, por isso, exigirá uma gestão de tempo para resolver a prova. “Em específico sobre essa prova, como se trata de um órgão que atende as necessidades dos povos indígenas, é muito óbvio que as questões tratarão de assuntos específicos sobre aspectos indigenistas. Fique atento!”, complementa.

Tomando como base de preparação as provas anteriores, Bia salienta que, em 2016, o certame foi composto de questões de múltipla escolha nas áreas de conhecimentos comum para todos os cargos e conhecimentos específicos. As áreas de conhecimento comum foram português, raciocínio lógico, direito constitucional e administrativo, informática, legislação indígena e administração pública.

“O concurso de exigiu que o candidato obtivesse no mínimo, 50% da pontuação em cada uma das áreas, e 60% no total dos pontos. Portanto, sem dúvidas, essas matérias que conhecimento comum são as que precisam de um cuidado especial na hora dos estudos”, reforça a advogada.

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