O auxílio do Governo Federal garantiu durante anos a complementação da renda familiar
O gari José Darci e a esposa Lucia procuraram a Secretaria de Assistência Social da cidade de Colinas do Tocantins para pedir o desligamento como beneficiários do programa Bolsa Família.
Segundo informações da Prefeitura, o casal recebeu o benefício por quase oito anos. Ele conta que na época em que solicitaram a inscrição no Programa, ele e a esposa estavam desempregados e a situação não estava fácil, o ganho com a venda de verduras nas ruas de Colinas do Tocantins não satisfazia as necessidades básicas da família que também incluía duas crianças pequenas.
O auxílio do Governo Federal garantiu durante anos a complementação da renda familiar. O valor era basicamente para a aquisição de alimentos e outros produtos destinados aos filhos.
Segundo o gari, a situação da família mudou quando ele conseguiu um emprego e Lúcia teve sua carteira de trabalho assinada como auxiliar de cozinha. Com isso ambos viram que já podiam custear sozinhos as despesas do lar e decidiram procurar a Secretaria de Assistência Social para pedir o desligamento voluntário do programa social.
Para José Darci, o benefício, assim como veio numa hora de necessidade para sua família, agora pode ser repassado para outra pessoa que precisa, "foi bom, foi muito bom, não tenho do que reclamar, foi muito gratificante para mim, ajudou muito", avalia ele sobre o período em que recebeu o benefício.
Seu gesto de honestidade e solidariedade foi elogiado pela equipe da Secretaria de Assistência Social de Colinas. Pelos dados da Pasta, cerca de 2600 pessoas são atendidas pelo Bolsa Família na cidade. Enquanto estão participando do Programa, além de comprovar a frequência escolar das crianças, os adultos são incentivados a participar de capacitações e cursos para qualificação profissional.
Depoimento do gari foi divulgado um dia depois das manifestações que ocorreram em todo o país, contra a corrupção e pela saída da presidente Dilma Rousseff. Em vídeo do ‘Jornalistas Livres’, manifestantes que participaram de ato na avenida Paulista defendem o fim do Bolsa Família e o fim das cotas e dizem que a desigualdade nunca foi tão grande. "Os pobres ficam só bebendo pinga e pondo filho no mundo. Ninguém quer trabalhar"; uma outra lamenta ter perdido a empregada para o Bolsa Família; segundo o Banco Mundial, entre 2001 e 2013, o percentual da população vivendo em extrema pobreza caiu de 10% para 4%”. Desde 2002, 36 milhões de brasileiros saíram da situação de extrema pobreza; Datafolha aponta que público do ato na Paulista ainda é de alta renda (leia mais).
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