Subordinada ao Ministério da Justiça, a Polícia Federal encontrou uma forma inusitada de protestar contra a substituição de José Eduardo Cardozo por Wellington Cesar Lima e Silva no comando da pasta.
Em sua página no Facebook, a corporação trocou a imagem do perfil para um brasão com uma faixa preta, representando luto. Ontem, após o anúncio de que Cardozo deixaria o cargo, a Associação de Delegados da PF divulgou nota demonstrando "extrema preocupação" com a saída do ministro "em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal".
No texto, a PF também defende a "independência funcional para a livre condução da investigação criminal". "Nesse cenário de grandes incertezas, se torna urgente a inserção da autonomia funcional e financeira da PF no texto constitucional", pede a corporação.
A nota foi criticada por Tereza Cruvinel, colunista do 247, em artigo nesta segunda. "Nem a absoluta independência operacional nem a autonomia financeira da PF estão na Constituição", escreve a jornalista (leia aqui).
Segundo ela, a troca no ministério da Justiça "deveria servir a um debate construtivo, se isso existisse no Brasil, sobre a Polícia Federal de que o Brasil precisa."
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