A Polícia Federal tem para analisar mais de 80 mil mensagens interceptadas em dois celulares do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, condenado na Operação Lava Jato a 16 anos e quatro meses de prisão.
Um relatório da PF obtido pelo jornal O Globo aponta que as mensagens foram divididas em nove assuntos que teriam sido tratados entre o empreiteiro e o ex-presidente Lula, como negócios na Costa Rica ou uma suposta ajuda a Rosemary Noronha, ex-secretária da Presidência da República em São Paulo.
Procurado pelo jornal, o Instituto Lula disse que não comenta "documentos vazados de forma ilegal, seletiva e parcial para alimentar manchetes sensacionalistas".
O documento traz ainda citações e trocas de mensagens com mais de 20 políticos, entre eles o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner.
A agenda de Léo Pinheiro tem salvo como contatos 93 agentes públicos, sendo 16 deputados, 10 senadores, quatro ministros, um governador e um prefeito.
Segundo o relatório, segundo a PF, elaborado "em caráter preliminar", "em razão da enorme quantidade de mensagens (mais de 80.000), interlocutores e assuntos tratados por Léo Pinheiro não se descarta que haja mais informações a se acrescentar a esse relatório ou agentes políticos ou pessoas ligadas a agentes políticos que não tenham sido ainda identificadas".
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