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As últimas estimativas do governo dos Estados Unidos apontam que entre 169 mil e 190 mil soldados russos estão cercando a Ucrânia neste momento (Foto: Reprodução)As últimas estimativas do governo dos Estados Unidos apontam que entre 169 mil e 190 mil soldados russos estão cercando a Ucrânia neste momento (Foto: Reprodução)

Últimas estimativas do governo dos EUA apontam que entre 169 mil e 190 mil soldados russos estão cercando a Ucrânia

Após anos de uma tensão crescente entre Rússia e Ucrânia, a escalada militar chegou no seu ápice: as últimas estimativas do governo dos Estados Unidos apontam que entre 169 mil e 190 mil soldados russos estão cercando a Ucrânia neste momento. A ameaça do país russo acaba por desestabilizar a Europa e os Estados Unidos ameaça se envolver na confusão.

Os esforços diplomáticos mundiais de acalmar os ânimos nos últimos três meses fizeram com que presidente o Vladimir Putin ordenasse o envio de "tropas de paz" e reconhecesse a independência de Donetsk e Luhansk, duas províncias separatistas ucranianas, nesta segunda-feira (21). O pretexto é o de "garantir a paz" nos territórios até a assinatura de acordos de Amizade, Cooperação e Ajuda Mútua entre Donetsk e Lugansk e Moscou. A suspeita, no entanto, é de que o movimento possa ser usado para justificar um ataque russo nessas áreas.

A Casa Branca, por sua vez, tem alertado repetidamente que Putin pode lançar uma invasão em larga escala à Ucrânia a qualquer momento. Mas como chegamos a esse ponto?

Entenda a seguir a escalada histórica de tensão entre os países


Até 1991, a Ucrânia era uma das 15 repúblicas que formavam a União Soviética (URSS). Com o colapso do país soviético, o país tornou-se independente. Logo, estabeleceu laços mais próximos com as potências ocidentais, com o auxílio da Otan, aliança militar liderada por potências ocidentais, o que incomodou a Rússia.

Até hoje, Putin indica que enxerga a expansão da Otan como uma ameaça existencial, e a perspectiva da junção da Ucrânia com a aliança, um “ato hostil”, uma vez que o presidente russo sempre enfatiza, em discursos, que acredita que ambos os países são unidos cultural, linguística e politicamente.

Não é o que uma parte da população, do oeste da Ucrânia, acredita. Essa parcela apoia a integração maior com a Europa ocidental, e é isso que o país tem feito nas últimas três décadas.

Crise

Inclusive, a crise mais recente entre os países começou em 2014, quando protestos em massa na capital Kiev forçaram a saída de um presidente, bem relacionado com a Rússia, depois que ele se recusou a assinar um acordo de associação da União Europeia. O movimento ficou batizado de "Euromaidan".

A antiga URSS não viu os atos com bons olhos, e respondeu anexando a península ucraniana da Crimeia. A ação fomentou uma rebelião separatista no leste da Ucrânia. Os conflitos na fronteira do país deixaram 14.000 mortos ao longo de sete anos, além de 1,5 milhão de pessoas deslocadas internamente, mesmo após um acordo de paz ter sido assinado em 2015.

Agora, os riscos escalaram com um avanço das tropas russas nos últimos meses, vistas pela Ucrânia como uma ameaça à independência do país. O governo ucraniano também tenta convencer as potências do Ocidente de que uma invasão russa seria um problema para a estabilidade de toda a Europa e do mundo.

Mas para além das tropas, Moscou tem sido acusada de se envolver em uma guerra através de ataques cibernéticos e pressão econômica. No início de fevereiro, o Departamento de Estado afirmou que a Rússia estava preparada para fabricar “um pretexto para uma invasão” por meio de um vídeo de desinformação.

A Rússia e o Ocidente

Por outro lado, Putin afirma que vê a expansão da Otan para o leste como uma ameaça para o país. Em dezembro, o presidente apresentou aos Estados Unidos e à própria Otan uma lista de exigências de segurança. A principal é a garantia de que a nação ucraniana nunca entrará na aliança, e que a Otan reduza a presença na Europa Oriental e Central, propostas que receberam críticas dos EUA e de seus aliados.

Em janeiro, as negociações entre Ocidente e Rússia não avançaram. O impasse deixou a diplomacia mundial em frenesi, e países como os EUA em alerta. Mais de 150 mil soldados russos cercavam a Ucrânia até 15 de fevereiro, quando Putin afirmou que estava fazendo algumas tropas retornarem de volta à base, e que estava aberto a uma rota diplomática para sair do impasse.

Os EUA, entretanto, alegaram que a Rússia estava mobilizando silenciosamente milhares de outros. Em pronunciamento, o secretário de Estado do país, Anthony Blinken, ainda alfinetou: “infelizmente, há uma diferença entre o que a Rússia diz e o que faz”.

Os países membros da Otan colocam tropas de prontidão e enviam batalhões para a região, e os EUA ordenaram que 3 mil soldados adicionais fossem enviados para a Polônia. Agora, há cerca de 5 mil estadunidenses no local. Além disso, Biden e outros líderes europeus alertaram que a Rússia sofreria consequências, como sanções, caso Putin avance com uma invasão.

Moscou nega que esteja planejando um ataque, apesar de que, entre o final de 2021 e início de 2022, imagens de satélite revelaram desdobramentos russos de tropas, tanques, artilharia e outros equipamentos surgindo em vários locais nas proximidades das fronteiras. O que especialistas temem é que algumas ações dos separatistas no leste da Ucrânia, como bombardeios e explosões de veículos, sejam utilizadas por Moscou para justificar uma invasão.

Apesar do financiamento das potências ocidentais, especialistas também dizem que a Ucrânia seria superada pela Rússia, em termos de forças armadas. Se uma guerra de fato eclodir entre os países, estimativas apontam que até 5 milhões de pessoas podem se tornar refugiadas, além de milhares, mortas.
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