Membros da Defesa Civil resgatam crianças após ataque aéreo na cidade síria de Aleppo (Foto: Sultan Kitaz/Reuters)
As bombas voltaram a cair nesta sexta-feira (23) sobre os bairros rebeldes de Aleppo, onde intensos ataques aéreos do regime sírio e seu aliado russo causaram mortes e destruição como prelúdio de uma ampla operação terrestre.
Até agora, ao menos 27 civis morreram, informou a organização Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), atribuindo os ataques a "helicópteros e aviões de guerra russos".
Os bombardeios se sucedem de forma incessante, relata o jornalista da AFP presente na parte rebelde de Aleppo. Os prédios estão totalmente destruídos e não há como socorrer os habitantes, mesmo que equipes de resgates insistam em fazê-lo desesperadamente, usando as próprias mãos para socorrer os soterrados.
ois centros dos chamados "capacetes brancos" (os voluntários da oposição síria) foram atingidos pelos bombardeios e um deles ficou totalmente destruído.
A onda de ataques contra a parte da cidade onde vivem 250 mil habitantes acontece quando os chefes da diplomacia russa e americana devem se reunir em Nova York para abordar o restabelecimento de uma trégua no país, depois da que foi interrompida na segunda.
Esse cessar-fogo, que durou uma semana, foi acordado entre Rússia e Estados Unidos, com a anuência do governo de Damasco. No entanto, ONGs registraram mais de 90 civis mortos no período.
Aleppo sob ataque
Dividida desde 2012 entre um setor pró-governamental e outro nas mãos dos insurgentes, Aleppo é um alvo estratégico neste conflito que já deixou mais de 300 mil mortos em cinco anos e meio de guerra.
O exército de Bashar al-Assad, que cerca a parte rebelde de Aleppo há dois meses, quer se apoderar da totalidade da antiga capital econômica da Síria.
Na quinta-feira foi anunciado o início de uma ofensiva terrestre contra o setor insurgente.
O exército pediu aos habitantes que se afastem das posições rebeldes e assegurou aos civis que se quiserem abandonar essas zonas na direção do setor pró-governamental não serão detidos.
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