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Internacional

Um americano de 30 anos, que morreu durante o ataque na boate gay 'Pulse', na Flórida, mandou diversas mensagens se despedindo da mãe momentos antes do crime. Eddie Jamoldroy Justice era contador e estava na boate no momento em que Omar Saddiqui Mateen invadiu no local e começou a atirar na madrugada do domingo (12).

Por volta das 2h, Eddie enviou para a mãe duas mensagens dizendo: "mãe, eu te amo" e "estou na boate, e estão atirando". A mãe dele, Mina Justice, acordou com o barulho da notificação da mensagem e ficou apavorada ao ler o que o filho havia escrito. Ela tentou ligar para o rapaz, mas ele não atendeu.

"Você está bem?", ela escreveu. Um minuto depois, ele respondeu: "eu estou preso no banheiro". Mina perguntou em que boate ele estava, e Eddie pediu para que ela entrasse em contato com a polícia. Um minuto depois, ele respondeu: "eu vou morrer".

Mina mandou diversas mensagens para o filho, pedindo para que ele entrasse em contato com ela. Trinta minutos depois, ele tornou a lhe responder: "Ligue para a polícia, mãe. Agora. Ele está vindo. Vou morrer", escreveu Eddie. "Alguém está ferido?", perguntou a americana.

"Há muitos feridos. Ainda estamos aqui no banheiro. Ele está com a gente. A polícia precisa vir nos buscar", pediu. Mina disse que a polícia já estava no local, e pediu que o filho avisasse quando os visse. "Eles precisam vir mais rápido. Ele está no banheiro com a gente. Ele é um terror", escreveu.

A mãe do americano ficou mais de 15 horas sem notícias de Eddie. Em entrevista à agência de notícias AP, antes da confirmação da morte dele, Mina falou que a espera era terrível. "O nome dele ainda não apareceu em nenhuma lista, e isso é assustador. Eu tenho... Eu tenho esse sentimento de que algo terrível aconteceu com ele", disse.

A morte de Eddie foi confirmada no final da noite de ontem (12). Até a manhã desta segunda-feira (13), a Prefeitura de Orlando confirmou a morte de 50 pessoas - 49 frequentadores da boate e o atirador. Até o momento, 48 foram identificadas, mas só 33 tiveram os nomes divulgados. Outras 53 pessoas ficaram feridas no ataque, e muitas estão internadas em estado crítico. 

Veja a lista com os nomes das vítimas confirmadas até a manhã desta segunda:

Edward Sotomayor Jr., 34 anos
Stanley Almodovar III, 23
Luis Omar Ocasio-Capo, 20
Juan Ramon Guerrero, 22
Eric Ivan Ortiz-Rivera, 36
Peter O. Gonzalez-Cruz, 22
Luis S. Vielma, 22
Kimberly Morris, 37
Eddie Jamoldroy Justice, 30
Darryl Roman Burt II, 29
Deonka Deidra Drayton, 32
Alejandro Barrios Martinez, 21
Anthony Luis Laureanodisla, 25
Jean Carlos Mendez Perez, 35
Franky Jimmy Dejesus Velazquez, 50
Amanda Alvear, 25
Martin Benitez Torres, 33
Luis Daniel Wilson-Leon, 37
Mercedez Marisol Flores, 26
Xavier Emmanuel Serrano Rosado, 35
Gilberto Ramon Silva Menendez, 25
Simon Adrian Carrillo Fernandez, 31
Oscar A Aracena-Montero, 26
Enrique L. Rios, Jr., 25
Miguel Angel Honorato, 30
Javier Jorge-Reyes, 40
Joel Rayon Paniagua, 32
Jason Benjamin Josaphat, 19
Cory James Connell, 21
Juan P. Rivera Velazquez, 37
Luis Daniel Conde, 39
Shane Evan Tomlinson, 33
Juan Chevez-Martinez, 25

Estado Islâmico assume autoria de massacre; autoridades americanas não confirmam
A agência de notícias Amaq, ligada ao Estado Islâmico, disse que um dos soldados do grupo extremista foi o responsável pelo ataque à boate gay Pulse em Orlando, que causou a morte de 50 pessoas e deixou 53 feridos.

As autoridades norte-americanas estão sendo cautelosas em relação ao ataque. Até agora, confirmam apenas que Omar Mateen, de 29 anos e descendente de afegãos, foi o responsável pelo massacre. O FBI disse ainda que o atirador comprou ao menos duas armas de fogo nas últimas semanas e que trabalhou como segurança.

Além disso, Mateen foi alvo de investigação em 2013 após comentários “inflamatórios” no ambiente de trabalho e manteve ligações com um suspeito de planejar um ataque a bomba em 2014. Porém, a polícia federal norte-americana não confirmou a ligação entre o massacre e o EI.

O curto comunicado do EI foi distribuído por meio do Telegram, um aplicativo de mensagens. O texto diz que o ataque “visou uma boate para homossexuais”. Em territórios em que controla na Síria e no Iraque, o EI rotineiramente executa homossexuais. O grupo também exibe, por meio de seus canais de propaganda, vídeos de seus soldados empurrando homens acusados de serem gays de edifícios.

O EI pediu no mês passado que seus apoiadores realizassem ataques no Ocidente durante o mês sagrado do Ramadan, que começou na semana passada. O mês é considerado de sacrifício e luta por alguns muçulmanos e coincide com o aumento expressivo da violência de grupos extremistas, como Estado Islâmico e a Al-Qaeda.

 

 

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