Envolvido no episódio do falso assalto, que teria ocorrido na madrugada do domingo (14), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o nadador James Feigen vai ter que pagar R$ 35 mil para deixar o Brasil e voltar aos Estados Unidos, seu país de origem. O acordo foi feito durante audiência no Juizado Especial do Torcedor e de Grandes Eventos. O valor da multa vai ser destinado ao Instituto Reação, através de doações por meio de bens e utensílios. O passaporte do nadador será liberado assim que o pagamento for realizado.
"Determino como proposta da transação penal o Instituto Reação (...) e aplico a multa proposta pelo Ministério Público, na forma de transação penal, condicionando sua homologação ao devido cumprimento", determinou a juíza Tula Corrêa de Mello.
Feigen foi indiciado por falsa comunicação do crime. Junto com outros atletas, ele alegou que havia sido assaltado a mão armada após sair de uma festa em uma casa de shows do Rio de Janeiro, mas o crime foi desmentido após a divulgação de um vídeo em que eles aparecem envolvidos em confusão em um posto de gasolina da capital carioca. Após confessar que havia mentido, o nadador formalizou seu pedido de desculpas.
"Fica consignado, finalmente, a retratação formal do autor do fato que pede desculpas à nação e às autoridades que se mobilizaram para a elucidação do caso, servindo a presente assentada como meio de divulgação do pedido, que ora torna público", diz outro trecho do termo.
Também envolvidos no caso, Gunnar Bentz e Jack Conger deixaram o Brasil na noite de ontem sob vaias. Já o medalhista Ryan Lochte, apontado pelos amigos como o mentor da história, embarcou para os Estados Unidos um dia antes do pedido da Justiça brasileira de apreender os passaportes dos atletas. O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc, a sigla em inglês) pediu desculpas ao Rio de Janeiro e aos brasileiros pelo incidente.
“O comportamento desses atletas não é aceitável, nem representa os valores do Time EUA ou a conduta da vasta maioria de seus membros. Iremos rever a questão e quaisquer consequências em potencial para os atletas quando retornarmos aos Estados Unidos", diz o comunicado.
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