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Emprego

O piso dos salários foi para R$ 1.332 em 2021, uma variação de 4,5% ante o ano anterior (Foto: Edilson Lima/Ag. A TARDE)O piso dos salários foi para R$ 1.332 em 2021, uma variação de 4,5% ante o ano anterior (Foto: Edilson Lima/Ag. A TARDE)

Motivo seria a combinação de desemprego, atividade econômica morna e disparada da inflação

Em 2021, os trabalhadores formais completaram três anos sem ganho real no salário mínimo, que é quando o aumento supera a inflação do período anterior. O motivo seria a combinação de desemprego elevado, atividade econômica morna e disparada da inflação, o que tornou piores as condições para as negociações de reajuste salarial. Os dados são do boletim Salariômetro divulgado nesta quarta, 26, pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

O piso dos salários foi para R$ 1.332 em 2021, uma variação de 4,5% ante o ano anterior. Benefícios fixos, como vale-refeição e vale-alimentação, praticamente não mudaram de um ano para o outro. O primeiro ficou estável em R$ 22, enquanto o segundo passou de R$ 275 para R$ 280, variação de 1,8%.

A inflação dos alimentos, segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), ficou em 7,71%. O INPC é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e considera o efeito da variação de preços sobre as famílias com renda de até cinco salários mínimos. O índice é o mais usado nas negociações salariais.

Na média do ano passado, somente 18,6% dos acordos e convenções fechados resultaram em aumentos maiores do que a inflação dos 12 meses anteriores ao da data-base. Em 2019, o último ano do pré-pandemia, quase metade das negociações terminou com ganho real para os trabalhadores.

Para o coordenador do Salariômetro, professor Hélio Zylberstajn, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, o resultado de 2021 poderia ter sido ainda pior diante das condições da economia e do mercado de trabalho. "Nos outros anos, a inflação era mais baixa, mas em 2021 foi brutal. Levando isso em conta, não foi tão ruim quanto poderia ter sido", diz.

Para este ano, o coordenador do Salariômetro aposta em negociações melhores a partir do segundo semestre, quando a inflação deve iniciar trajetória de queda. Projeções dos bancos Santander e Itaú apontam para um INPC em 10,2% e 10,1%, respectivamente, em maio deste ano.

"Com o INPC acumulado em dois dígitos, não há espaço para ganho real. Mesmo assim, esse será mais um ano complicado, de eleições e juros em elevação. A situação não é boa para os trabalhadores."

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