Economia

Lula durante reunião do Conselhão nesta quinta-feira (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

Presidente questionou o patamar atual do valor de preços de carros populares

Nesta quinta-feira, 4, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou sua desaprovação em relação aos altos preços dos automóveis e afirmou que o governo planeja adotar medidas para tornar os veículos mais acessíveis no país, oferecendo também melhores opções de pagamento.

"Qual pobre que pode comprar carro popular por R$ 90 mil? Um carro de R$ 90 mil não é popular. É para classe média", questionou durante a primeira reunião do novo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o chamado "Conselhão".

Durante o evento, o presidente Lula reiterou sua crítica ao Banco Central e ao seu presidente, Roberto Campos Neto, em decorrência da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros da economia em 13,75%.

"É engraçado, é muito engraçado o que se pensa neste país. Todo mundo aqui pode falar de tudo, só não pode falar de juros. Todo mundo tem que ter cuidado. Ninguém fala de juros, como se um homem sozinho pudesse saber mais do que a cabeça de 215 milhões de pessoas", declarou.

Sobre o "Conselhão", Lula disse que o grupo representa a "cara da sociedade brasileira" e reúne pessoas com pensamentos diferentes.

"Aqui não é um espaço para as pessoas virem falar bem do governo. Também não é espaço para só fazer diagnóstico. Aqui é um espaço para vocês ajudarem a governar esse país, como é que vocês querem que as coisas sejam feitas", apontou.

Além disso, o presidente Lula enfatizou novamente a importância de incluir na legislação direitos trabalhistas para pessoas que trabalham como entregadores por meio de aplicativos. Ele acredita que é responsabilidade do Estado assegurar a seguridade social desses trabalhadores.

"Temos de tratá-los como ser humano, temos de tentar fazer bela regulação para que tenha trabalho mais civilizado. Eu chamo de criar novo pacto entre capital e trabalho", defendeu.

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