Ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: Reprodução)
O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira, 7, um projeto que corta 92% do orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia, e reparte para outras áreas do governo. A medida foi um pleito do Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes, que solicitou a retirada de RR$ 635 milhões da pasta.
O recurso seria utilizado para financiar bolsas de estudo e apoio à pesquisa científica no Brasil. O Ministério da Economia solicitou a retirada para poder abrir crédito suplementar a outras áreas.
Do total, R$ 150 milhões serão enviados ao Ministério do Desenvolvimento Regional e outros R$ 107 milhões deverão ser utilizados pelo Ministério da Educação para a concessão de bolsas para o ensino superior. O Ministério da Saúde vai ficar com a fatia de R$ 50 milhões, destinados ao saneamento básico.
A pasta do ministro Marcos Pontes, que anunciou o desenvolvimento de uma vacina própria brasileira contra o novo coronavírus, ficou com somente R$ 55 milhões. Boa parte do valor que foi dissolvido entre outros ministérios era para a produção de remédios de alta complexidade, como para o tratamento de pacientes com câncer.
Em nota enviada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), oito entidades científicas questionaram o corte que vai resultar diretamente na suspensão de bolsas de iniciação científica.
“Dá-se com uma mão, para retirar com a outra. Nesse processo, agoniza a ciência nacional”, diz nota.
O orçamento do CNPq, por exemplo, está em queda últimos 20 anos e chegou a R$ 1,2 bilhão em 2021, o menor valor desde 2001.
Clique aqui e siga-nos no Facebook
| < Anterior | Próximo > |
|---|
