O jornalista econômico Vicente Nunes, do Correio Braziliense, afirmou nesse domingo, 3, que membros da equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fizeram uma ofensiva junto a formadores de opinião para tentar dispersar a visão de que o chefe da equipe econômica havia rasgado o compromisso com o ajuste fiscal, diante da expansão fiscal que vai custar mais de R$ 125 bilhões.
Vicente dá exemplos de como o ministro da Fazenda acabou se tornando refém da lógica política do governo interino de Michel Temer. "Assim que tomou posse, Meirelles disse que nomearia pessoas técnicas para os bancos oficiais, mas teve que engolir Gilberto Occhi, indicado pelo PP, na presidência da Caixa Econômica Federal. Afirmou que não havia como o governo aceitar as condições impostas pelos governadores para renegociar as dívidas dos estados. Porém, foi obrigado a aceitar uma fatura de R$ 50 bilhões sob o argumento de Temer de necessidade de apoio no Congresso para a aprovação definitiva do impeachment de Dilma Rousseff", diz ele.
"É verdade que Meirelles conversa com Temer todos os dias, várias vezes ao dia, como dizem seus assessores, para reforçar a proximidade do ministro com o presidente interino. Isso não quer dizer, porém, que Meirelles tenha todo o poder que tenta demostrar", acrescenta.
Para Vicente Nunes, o ministro da Fazenda deve ficar esperto. "Ele faz um bom marketing pessoal, mas, dois meses depois de assumir o ao mais importante da Esplanada dos Ministérios, Meirelles está ficando muito parecido com Joaquim Levy, que vestiu a fantasia de superministro, foi sendo esvaziado e acabou saindo pelas portas dos fundos com fama de incompetente", afirmou.
Leia na íntegra o comentário de Vicente Nunes.
< Anterior | Próximo > |
---|