Passado o Dia das Mães, o comércio já está na expectativa da nova data comemorativa
Passado o Dia das Mães, o comércio já está na expectativa da nova data comemorativa. O Dia dos Namorados, a ser celebrado daqui há exatos 15 dias, em 12 de junho, um domingo, concentra os atuais esforços de vendas das lojas. Para tanto, a decoração de vitrines e ações promocionais já estão sendo planejadas. Contudo, segundo estimativa da CNC-Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, divulgada ontem, as vendas do varejo relacionadas ao Dia dos Namorados este ano devem registrar queda de 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Se for confirmada a expectativa, este será o pior resultado da série histórica, iniciada em 2004. A data é considerada uma das principais do calendário varejista brasileiro e deve movimentar R$ 1,8 bilhão – o equivalente a 3,5% do faturamento esperado para todo o mês de julho. Nova pesquisa de expectativa do setor para a data, com ênfase no comércio em Salvador, será divulgada na segunda-feira pela CDL-Câmara dos Dirigentes Lojistas.
Conforme avaliação do economista da CNC, Fabio Bentes, “essa retração é resultado do aumento do desemprego, aliado à elevação do custo do crédito e à queda da confiança dos consumidores”. Segundo ele, “esses fatores têm inviabilizado qualquer recuperação das vendas nos últimos meses”. Principal carro-chefe das vendas associadas ao Dia dos Namorados, o segmento de vestuário e acessórios deverá registrar perda real significativa de 8,7% em relação à mesma data do ano passado.
A tendência de queda nas vendas deverá ser seguida pelo ramo de informática e comunicação com -10,5%. Menos dependentes do crédito, as lojas de artigos pessoais e utilidades domésticas, conforme a pesquisa da entidade apresentarão redução de - 3,1%) enquanto farmácias e perfumarias tendem a sofrer redução de vendas em -0,6%, registrando perdas menores. O estudo revela ainda que, dos 25 bens e serviços mais consumidos no Dia dos Namorados, sete tiveram reajuste significativo, acima do IPCA-15 acumulado nos últimos 12 meses, de 9,6%. Entre os destaques estão os motéis +21,5%, máquinas fotográficas, +15,7% e bombons e chocolates, +13,8%.