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Médicos realizam transplante de coração (Foto: Cris Oliveira/Secom/Prefeitura Municipal de Volta Redonda)Médicos realizam transplante de coração (Foto: Cris Oliveira/Secom/Prefeitura Municipal de Volta Redonda)

Paciente rejeitado por programas de transplante humano agora tem uma segunda chance

Em uma emocionante reviravolta médica, cirurgiões do Centro Médico da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, realizaram com sucesso um transplante de coração de porco geneticamente modificado em um paciente que sofria de uma doença cardíaca terminal. O procedimento pioneiro é o segundo do tipo realizado pelos cirurgiões, e oferece esperança para pacientes que enfrentam uma escassez crônica de doadores humanos.

O paciente, Lawrence Faucette, 58 anos, veterano da Marinha e pai de dois filhos em Frederick, Maryland, estava à beira da morte devido à sua condição médica grave. A situação era tão crítica que ele havia sido rejeitado por todos os programas de transplante que usam órgãos de doadores humanos. Faucette, antes da cirurgia, expressou sua determinação, afirmando: "Pelo menos agora tenho esperança e tenho uma chance. Vou lutar com unhas e dentes por cada respiração que eu puder dar".

O transplante foi realizado pelo cirurgião Bartley Griffith, que também liderou o primeiro procedimento desse tipo. O protocolo foi projetado por Muhammad Mohiuddin, da Escola de Medicina da Universidade de Maryland.

O primeiro paciente a receber um coração de porco geneticamente modificado, David Bennett, infelizmente não sobreviveu, mas o coração funcionou bem e não houve sinais de rejeição aguda do órgão, um risco significativo nesses procedimentos.

O coração transplantado para Faucette veio de um porco que passou por dez modificações genéticas. Três genes de porco que causam rejeição rápida de órgãos pelo sistema imunológico humano foram removidos, enquanto seis genes humanos foram inseridos para permitir a aceitação do órgão pelo sistema imunológico do paciente. Além disso, um gene de porco responsável pelo crescimento do coração foi desativado para evitar que o órgão se tornasse muito grande.

O porco geneticamente modificado foi fornecido pela Revivicor, uma empresa de medicina regenerativa sediada em Blacksburg, Virgínia, que é uma subsidiária da United Therapeutics Corp. Antes do transplante, o porco foi submetido a rigorosos testes para vírus, bactérias e parasitas.

Um dos desafios enfrentados por esses procedimentos é a possibilidade de introdução de novos vírus na população humana. Traços de um vírus que infecta porcos foram encontrados no coração transplantado para o primeiro paciente, Bennett. No entanto, os funcionários do hospital afirmam que o animal usado no transplante de Faucette foi testado repetidamente para o vírus, chamado citomegalovírus suíno, usando um novo ensaio que não estava disponível na época do transplante de Bennett.

A Food and Drug Administration (FDA), agência americana que regula alimentos e drogas, concedeu aprovação de emergência para o transplante na semana passada sob um processo de "uso compassivo" que permite a realização de procedimentos experimentais em um único paciente com uma condição que ameaça a vida.

Nova terapia experimental

Faucette também está recebendo uma nova terapia experimental com anticorpos desenvolvida pela Eledon Pharmaceuticals, chamada tegoprubart, que bloqueia uma proteína envolvida na ativação do sistema imunológico. Além disso, medicamentos convencionais estão sendo usados para suprimir seu sistema imunológico e prevenir a rejeição do órgão.

Os transplantes de órgãos de porcos geneticamente modificados representam um passo promissor na área da medicina regenerativa, oferecendo uma nova esperança para os mais de 100 mil americanos que aguardam órgãos para tratamento de doenças terminais relacionadas a órgãos. Embora esteja em estágios iniciais, essa técnica pode se tornar uma solução viável para a escassez de doadores humanos, oferecendo uma segunda chance de vida para aqueles que enfrentam condições médicas devastadoras.

A esposa de Faucette, Ann, compartilhou suas expectativas modestas, esperando por mais tempo juntos com seu marido. Este avanço médico destaca a importância da pesquisa contínua e da inovação na medicina, trazendo esperança e possibilidades para pacientes em situações desesperadoras.

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