Foto: Ascom/Policia Civil
De paraíso da contracultura a refúgio de armas e drogas. A Aldeia Hippie, em Arembepe, foi um dos temas do programa Domingo Espetacular da Rede Record, no último domingo (22). A reportagem apresenta detalhes de uma megaoperação realizada pela Polícia Civil no local e descreve como uma facção criminosa do Rio de Janeiro estaria aterrorizando os moradores, se hospedando e se alimentando de graça, exigindo que escondessem armas e drogas, além de ameaçar os que não concordavam com a prática.
A Operação Capitães da Areia reuniu mais de 200 policiais no dia 13 de junho, onde foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão. Na ocasião, os agentes foram recebidos a tiros. Durante o confronto, quatro pessoas morreram e uma mulher foi feita refém, sendo libertada duas horas depois. O crime foi transmitido ao vivo pelas redes sociais, onde o suspeito fazia uma série de ameaças.
A reportagem informa que as investigações começaram há dois anos após uma série de assassinatos na região e ao todo, sete suspeitos ainda são procurados pela polícia. Na operação, os agentes de segurança apreenderam uma granada, dois revólveres, uma espingarda, três pistolas com seletor de rajada, carregadores alongados e em caracol, drogas, embalagens e equipamentos utilizados no tráfico de entorpecentes na região. Além dos dois óbitos, duas pessoas tiveram mandados de prisão cumpridos.
Apesar de a reportagem ser bastante esclarecedora e contribuir para que as autoridades baianas reforcem o enfrentamento da violência na localidade, a conclusão da matéria equivocadamente afirma que Arembepe “quase não recebe visitantes”, em um tom dramático, reforçado ainda, pela abordagem a um casal de turistas, que após a intervenção da equipe de reportagem, vai embora da Aldeia. Para ilustrar a matéria, mostram uma imagem de um dia chuvoso já no período de inverno, onde tradicionalmente o local não recebe um grande fluxo de turistas.
Anualmente Arembepe recebe um grande número de visitantes e tem sua economia amplamente impulsionada pelo turismo de sol e mar (verão, sol, praia…), com início da procura em setembro, seguindo até meados de abril. O pico dessa procura, assim como em toda região turística da Costa dos Coqueiros, vai de dezembro a março, com destaque para os festejos de fim de ano e o carnaval. Existe sim problema de criminalidade, mas o turismo resiste.
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Foto: Ascom/Policia Civil
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