Os responsáveis pelo lindo espetáculo foram os alunos das atividades promovidas na Cidade do Saber (Foto: Jean Victor)
Por uma cultura inclusiva e plural. O tema norteador das ações de 2023 da Secretaria da Cultura (Secult) serviu de inspiração para performances encantadoras levadas à Avenida 28 de Setembro nesta quinta-feira (28/9), durante o desfile cívico que celebrou os 265 anos de emancipação política de Camaçari.
Os responsáveis pelo lindo espetáculo foram os alunos das atividades promovidas na Cidade do Saber, divididos em oito diferentes alas. Um dos “blocos” foi o do curso de teatro, que mostrou ao público uma apresentação falando sobre o respeito à diversidade.
A aluna Bruna Eduarda Almeida, 13 anos, ressaltou a alegria de, pela primeira vez, participar do desfile. “Ingressei este ano na Cidade do Saber e as aulas são incríveis. É o que me traz felicidade. Tava bem ansiosa para poder trazer para as pessoas o resultado do nosso trabalho”, disse.
Também abrilhantaram o evento, os alunos de zumba que, além do tema central do desfile, “Camaçari, Meu Lugar no Mundo é Aqui: Diversidade, Direitos Humanos e Felicidade”, fez referência ao Setembro Amarelo, campanha dedicada à prevenção ao suicídio. A professora Leidiane Bispo contou sobre a preparação. “Desde agosto estamos ensaiando para trazer essa mensagem importante no dia de hoje, que é ‘Diga sim a vida’. Os educandos estavam muito empolgados e, pra mim, a sensação é muito gratificante”, afirmou.
A ala da Cidade do Saber ainda foi integrada pelos alunos de balé clássico, dança moderna, ginástica rítmica, dança de salão, capoeira para mulheres, além dos cursos promovidos por meio do Conservatório de Música Sinfônica de Camaçari. O complexo oferta 30 atividades culturais e esportivas, e, desde 2017, já soma mais de 34 mil matrículas, atendendo pessoas de todas as idades.
Grupos culturais
Para além dos alunos do equipamento público, a participação da Secult no desfile cívico também foi animada pela apresentação de 11 grupos culturais, que promoveram o resgate a importantes manifestações tradicionais, sendo um instrumento de valorização.
A Cia. de Dança Alaketu foi um dos grupos que esteve na avenida e realizou performances inspiradas na dança afro. É o que destacou o bailarino Hebert Costa, integrante da companhia. “Já participamos de vários desfiles e é sempre uma alegria, especialmente por reforçar as nossas raízes, que é a cultura afrobrasileira”, pontuou.
Também participou do evento o Grupo de Capoeira Inclusiva (GCI), que há mais de 16 anos desenvolve um trabalho importante, tendo entre os integrantes pessoas com deficiência intelectual e múltipla. “Atuar com a inclusão é um desafio, mas também é gratificante. Participar do desfile é muito bom justamente para mostrar às outras pessoas que elas existem e que precisamos avançar cada vez mais nesta temática”, afirmou Alan Caramuru, um dos monitores do grupo.
Ainda se apresentaram a Filarmônica 28 de Setembro, Projeto Percussivo Grão de Areia, Movimento Percussivo Beira de Rua, banda Som do Timbal, Grupo de Capoeira Sementes do Mestre Coelho (SEMC), Capoeira Inclusão Crianças que Gingam, Capoeira Regional Bimbaê, Camugerê Capoeira e Orquestra Lyra Curuca Nativa.
Os grupos culturais são contratados por meio da 2ª edição do edital Cidade Cultural, promovido pela Secult. Já a filarmônica é apoiada através do edital Evandro Amaro II, desenvolvido através da parceria entre a Secult e a Secretaria da Educação (Seduc).
(Foto: Jean Victor)
(Foto: Jean Victor)
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