A Cooperunião, cooperativa que atende as linhas da orla, poderá assumir linhas na sede (Foto: Reprodução)
A saga do transporte público em Camaçari, parece estar longe de ser totalmente resolvida, mas começa a dar sinais de melhoria. Após meses de negligência do poder público e espera por parte da população e das cooperativas, uma possível intervenção está em negociação: a Cooperunião, cooperativa que atende as linhas da orla, poderá assumir linhas na sede.
A pauta discutida nas duas últimas reuniões realizadas entre Superintendência de Trânsito e Transporte (STT), Secretaria de Governo (Segov), Sindicato do Rodoviários de Camaçari e Região (SindRod) e as cooperativas que atendem ao município, Cooastac e Cooperunião, na quinta-feira (11) e na sexta-feira (12).
Parceria
De acordo com o presidente da Cooperunião, Cleidson Borges, a proposta da prefeitura era a unificação das duas cooperativas. No entanto, apenas essa ação não foi vista com bons olhos. "Hoje, a Cooperunião tem 40 carros parados. Estamos em diálogo, mas minha visão como presidente é que a nossa cooperativa assuma as linhas que estão desassistidas, como Gleba E e Phoc, nesse primeiro momento. Seria uma experimentação, até vermos como as coisas vão caminhar", declarou Cleidson.
Vale lembrar que já houve unificação de cooperativas de transporte na cidade. Há vários anos atrás, eram seis delas, atendendo sede e orla. Em um momento parecido, onde a população sofria com uma crise semelhante, o então governo Caetano teve a mesma ideia. A princípio, pareceu funcionar, mas, a longo prazo não, como se vê agora.
E a prefeitura?
Na reunião de quinta-feira, o secretário de governo, José Gama, cobrou de forma sutil que as cooperativas cumpram sua parte no futuro acordo, seja qual for. No entanto, não deu destaque ao fato de a prefeitura não estar cumprindo a parte dela na gestão da mobilidade urbana.
"É importante que todos os responsáveis assumam as devidas responsabilidades, no sentido de cumprimento da carga horária, do roteiro, das linhas, a partir da organização do trabalho das empresas operadoras do sistema. Ressalto que esta nova idealização de unificação das cooperativas me deixa feliz, mas destaco que é preciso estar atento à formação de um calendário e de um grupo de trabalho", declarou o secretário.
Aparentemente, ele não lembra que as cooperativas estão desde o início no ano pedindo socorro e ajuda à prefeitura, que até o momento vinha se esquivando de tomar partido, como se não fosse sua obrigação. O prefeito Elinaldo Araujo (DEM), por exemplo, até o momento não apareceu para dialogar pessoalmente sobre um assunto tão importante para a cidade.
A pergunta que fica é: qual será a real ação da prefeitura para solução do problema, que vai muito além de qual cooperativa atende onde?
Na próxima semana haverá novas reuniões e a expectativa é que as definições sejam estabelecidas até a segunda-feira (22).
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