Janete Ferreira é a nova diretora-presidente da Limpec
A política é mesmo dinâmica. Em entrevista a Rádio Sucesso FM na manhã de segunda-feira (06), a diretora-presidente da Limpec, Janete Ferreira, ex algoz política do atual vice prefeito José Tude, acusou que a empresa possui um passivo financeiro superior a R$ 47 milhões. De acordo com a mandatária, a dívida se acumulou nos últimos 12 anos, referindo-se ao tempo do governo petista em Camaçari.
Contudo, o que Janete esqueceu de dizer, é que os problemas financeiros da Limpec começaram bem lá atrás, e remonta aos tempos do ex presidente da autarquia, Miguel Azcona, cunhado do atual secretário de Governo, Hélder Almeida, durante o tempo em que Tude era o prefeito da cidade. E o débito pode ser bem maior do que o anunciado. As dívidas passam por problemas trabalhistas e cíveis, dívidas com fornecedores, com FGTS, INSS, Receita Federal, e demais tributos.
Mas, ignorando a história de que inclusive fez parte quando vereadora, quando compunha a bancada governista do então prefeito Luiz Caetano, logo 'solidária consensual' nas responsabilidades daquele governo, mas limitando o 'cano da arma' na direção dos correligionários de outrora, satisfazendo uma vontade do governo atual, Janete Ferreira foi enfática ao afirmar que 'a Limpec não tem solução': "Com um passivo desse é impossível reerguer a empresa no plano atual. Sem falar que a empresa não possui nem mão-de-obra e maquinário para voltar a ser o que era antes. Além de pagar esse passivo, seria necessário a compra de máquinas, equipamentos e contratação de mão-de-obra. Algo impossível para a empresa", afirma.
Contratos superfaturados e a "má gestão dos recursos da Limpec" ao longo dos anos também foram apontados. "Tinha um contrato de mão-de-obra que possuía 18 educadores ambientais que nunca fizeram nada de educação ambiental. Apenas recebiam seus salários. Essa empresa tinha um contrato exorbitante", apontou Janete.
A presidente da Limpec só não recordou, da época em que era oponente ao governo que ajudou a destituir, juntamente com Luiz Caetano, do agora vice prefeito Tude, duma comissão do ano de 2005, que teria detectado na Limpec, o que estende o prazo dos problemas na empresa de limpeza pública a muito mais de 12 anos, o que foi dito ter sido "gastos da ordem de R$ 16,6 milhões em licitações irregulares", onde constava que "faltavam documentos, recursos não eram obedecidos; empresas terceirizadas repassaram os contratos para outras empresas, o que é expressamente ilegal, e que ainda conseguiam aditar valores e prazos muito superiores ao do limite legal”, conforme o relatório.
A história de funcionários fantasmas na Limpec, conforme a presidente, remonta também há anos. Nos últimos governos até irmã de pastor era nomeada em terceirizada e nunca apareceu para trabalhar apesar do gordo salário.
Já sobre o aterro sanitário, Janete fez a séria e grave revelação de que a empresa que fazia a incineração de resíduos hospitalares e demais insumos no aterro não possuía licença ambiental para tal serviço. E justificando seus argumentos, ou seja, os argumentos do governo, e se isentando, e a quem mais cabe a responsabilidade, anunciou que o fim da empresa já teve início: "A Limpec iniciou na sexta-feira (3) o processo de liquidez da empresa devido a tanta ingerência. Fico triste por isso, mas não somos nós quem estamos fechando a Limpec, mas a ingerência ao longo de todos os anos e o uso da Limpec para interesses pessoais", disse.
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