Moradora de rua acumula montanha de entulho no centro de Camaçari (Foto: CFF | Marcelo Franco)
Medo, nojo ou invisibilidade mesmo. É cruel, mas esses é o sentimento mais comum despertados por pessoas em situação de rua. Em frente à Rodoviária, na antiga estação de trem ou nas proximidades da praça dos 46. Quem frequenta esses locais, sobretudo à noite, já deve ter visto que a nossa pobre cidade rica também abriga filhos sem lares – que visivelmente sem assistência social – seguem invisíveis aos olhos das autoridades e, por que não dizer, da sociedade.
Pessoas com problemas mentais, vítimas dos efeitos do abuso de drogas ou simplesmente que não têm recursos ou oportunidade de acesso a uma moradia digna, passam ao nosso redor com frequência e o máximo que fazemos é nos afastarmos e 'torcer o nariz'. E é exatamente esse mesmo comportamento adotado pelo poder público sobre o assunto.
Um inquestionável exemplo dessa inatividade é o caso de uma senhora que adotou como abrigo a frente do antigo Cuidar - cuidar??? Ops -, ao lado da delegacia de Polícia Civil (18ª CP). Com um amontoado de lixo e entulho, ela ironicamente rompeu a barreira da invisibilidade, mas não foi o suficiente.
Durante meses, papelão, plástico e outros itens foram 'guardados' no local e hoje já toma metros da calçada, interditando o acesso no lugar.
É impossível passar pela região da rodoviária – sentido Centro Comercial ou Centro Administrativo – sem notar o problema. No entanto, vizinhas do local, a Prefeitura Municipal e a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), ainda não notaram a situação.
Para que não restem dúvidas, a estrutura que era alugada para o Cuidar está localizada na rua Delegado Clayton Leão Chaves, nº 178, Centro.
"""Feliz NATAL"""...
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Durante meses, papelão, plástico e outros itens foram ‘guardados’ no local (Foto: CFF | Marcelo Franco)
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