Comparada ao mesmo período de 2023, a redução foi ainda mais expressiva (Foto: Reprodução)
A Bahia alcançou uma taxa de desocupação de 9,7% no terceiro trimestre de 2024, a menor desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), iniciada em 2012. O dado, divulgado nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), posiciona o estado entre os sete do país que apresentaram quedas significativas no desemprego no período.
De acordo com o IBGE, a taxa de desocupação na Bahia caiu 1,4% em relação ao segundo trimestre de 2024, quando era de 11,1%. Comparada ao mesmo período de 2023, a redução foi ainda mais expressiva, de 3,3%, representando uma queda de 262 mil pessoas fora do mercado de trabalho.
O secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Davidson Magalhães, destacou que o resultado é reflexo do fortalecimento econômico. “A política de valorização do salário mínimo, os Benefícios de Prestação Continuada (BPC), além dos investimentos públicos estaduais e federais, como o PAC, têm sido decisivos. A Bahia também lidera em investimentos públicos, com mais de R$ 6 bilhões até outubro, e na qualificação profissional, preparando trabalhadores para o mercado”, afirmou.
Crescimento no setor de serviços e empregos formais
O levantamento revelou crescimento em nove das 11 atividades econômicas analisadas. O setor de Serviços teve o maior destaque, com acréscimo de 128 mil trabalhadores em relação ao trimestre anterior. Dentro deste setor, áreas como Administração Pública, Educação, Saúde e Seguridade Social registraram aumento de 36 mil pessoas empregadas, uma alta de 3% no período.
Os serviços domésticos também apresentaram crescimento, com 49 mil novas ocupações, enquanto o segmento de "Outros Serviços" registrou aumento de 10,7% (33 mil pessoas). Por outro lado, as atividades de Construção Civil e Transporte, Armazenagem e Correio tiveram quedas no número de ocupações.
No setor privado, houve um aumento anual de 5,5% no número de trabalhadores com carteira assinada, o que representa 89 mil novos empregos formais no período.
Investimentos em qualificação profissional
O Governo do Estado tem investido significativamente na capacitação de trabalhadores. Em 2024, mais de R$ 30 milhões foram destinados a cursos de qualificação. O programa Qualifica Industrial, por exemplo, certificou 472 trabalhadores com investimentos de R$ 1,9 milhão, preparando profissionais para a montadora BYD.
Além disso, o Programa Manuel Querino, uma parceria com o Governo Federal, deve qualificar mais de 17 mil pessoas em 202 municípios até 2026, reforçando o compromisso com o desenvolvimento de mão de obra especializada e a sustentabilidade do crescimento econômico no estado.
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