Até o momento, mais de mil pacientes participaram das reuniões na instituição (Foto: Olga Leiria/Ag. A TARDE)
Caravana da Saúde Junina acontece até quarta e orienta para zelo com a alimentação e o corpo
O período das festas juninas famoso por suas comidas típicas e deliciosas acende um alerta para quem é diabético. O Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), através da Coordenação de Educação em Diabetes e Apoio à Rede (Codar), realiza desde maio a Caravana Junina da Saúde a fim de orientar as pessoas sobre os cuidados nessa época. Até o momento, mais de mil pacientes participaram das reuniões diári as na sede da instituição. O último encontro acontece nesta quarta-feira, 15.
O objetivo é orientar e preparar os diabéticos para esse período festivo que pode apresentar vários riscos. As palestras foram conduzidas pelas coordenadoras do Codar, Júlia Coutinho, Graça Velanes e enfermeira líder de educação, Ana Cláudia Perrotta. Os encontros abordaram questões como alimentação, cuidados com os pés, prevenção de queimaduras e como tratá-las.
As comidas típicas do São João podem ser calóricas e muito doces, aspectos que devem ser observados pelo diabético. Uma forma de minimizar os riscos é reequilibrar os ingredientes da receita – diminuir a proporção de milho e utilizar cenoura, por exemplo – ou diminuir o consumo dos alimentos.
O Cedeba alerta para o licor e o quentão, bebidas que também podem ser muito doces. “Essas bebidas, além do álcool, tem a questão da glicose. O licor pode levar mais de 1 kg de açúcar, então é uma quantidade impossível de você controlar o consumo”, pontua a enfermeira Ana Perrotta.
O cuidado com as queimaduras e machucados nos pés também foram abordados. Fogueiras e fogos de artifício e podem representar perigo para as pessoas diabéticas. "Muitos pacientes vão para o interior e tem a questão da fogueira e das brasas. Nós trabalhamos reduzindo riscos ao ensinar como ele deve se vestir e se calçar”, diz Ana.
Para evitar as queimaduras e os ferimentos, o Cedeba orienta a usar calçado fechado que não seja apertado para não ferir os pés, meias de algodão para evitar atritos, limpar os sapatos com pano úmido e checar se não há resquícios de poeira ou pólvora.
Pessoas diabéticas possuem uma maior dificuldade para cicatrizar ferimentos devido aos altos índices de glicose e a complicações na circulação sanguínea. Por isso, a escolha do sapato certo pode ser importante para evitar machucados.
Esmeralda Silva, 62 anos, participou de um dos encontros e ficou feliz ao receber essas orientações. Ela foi levar o neto para um exame, mas se interessou pela palestra e aproveitou a oportunidade para aprender uma nova forma de fazer as receitas típicas do São João. “A palestra foi muito boa porque a gente come isso e aquilo sem saber a importância de cada coisa. Lá eu pude entender cada detalhe da alimentação correta e aprendi passo a passo como fazer”, conta.
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