A vacinação antirrábica precisou ser reforçada no bairro de Patamares, em Salvador, por conta do aumento no número de ataques de morcegos a cães de estimação. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, as equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) intensificaram as ações depois que moradores denunciaram os ataques. Veterinários do órgão já conseguiram capturar 16 morcegos.
Ainda segundo a Secretaria, há 12 anos Salvador não tem registro de raiva humana, mas exames laboratoriais realizados até o momento detectaram a presença do vírus da raiva em duas espécies de morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue), fato que pode expor seres humanos e bichos ao risco de infecção. Por isso, o órgão orienta os donos de cães e gatos a procurarem o posto de saúde para imunizar os bichinhos.
As equipes de zoonoses promoveram atividades educativas para alertar a população sobre o risco da manipulação de morcego, um animal silvestre.
Segundo os especialistas, a presença do morcego não apresenta risco a vida humana. A transmissão do vírus acontece através da saliva do animal e, por isso, ele não deve ser manipulado diretamente. Além disso, os morcegos são animais silvestres protegidos por lei e importantes para o equilíbrio ecológico. Por isso, não podem ser eliminados ou presos sem a autorização de órgãos ambientais.
O CCZ orienta as pessoas que encontrarem um morcego, vivo ou morto, a entrar em contato com as equipes de zoonoses pelos telefones (71) 3611-7308 ou 156. Os animais devem ser mantidos isolados até a chegada dos profissionais do órgão. As pessoas que tiverem contato com qualquer animal suspeito de raiva devem lavar imediatamente o local com água e sabão e procurar o serviço de saúde.
Em maio deste ano, um adolescente de 14 anos morreu de raiva no estado de Roraima. Para a Secretaria esse caso serve de alerta para o risco de transmissão do vírus a partir do morcego. No ano passado, 91 mil cães e 32 mil gatos foram imunizados.
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