A mesa diretora do Senado vai ler nesta terça-feira (19) o resultado da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara e determinar a criação da comissão especial na Casa. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai se reunir com líderes partidários para definir os prazos e o ritmo de trabalho e a proporcionalidade de vagas na comissão para cada bancada.

De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, o PSDB fechou nos últimos dias uma carta para apresentar ao vice-presidente Michel Temer com um rol de "princípios e medidas" essenciais para dar apoio no Congresso em caso de um governista.

A presidenta Dilma Rousseff renomeou os ministros da Saúde, Marcelo Castro, e do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias. As nomeações foram publicadas na edição de hoje (19) do Diário Oficial da União.

O vice-presidente Michel Temer voltou à capital paulista nesta segunda-feira, onde mantém conversas reservadas com profissionais do mercado, em meio a sondagens e expectativas sobre a composição da nova equipe ministerial.

Com a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje (18) que dificilmente a Casa votará projetos enquanto o Senado decida se aceita a denúncia, o que provocaria o afastamento de Dilma por até 180 dias. Para o peemedebista, o governo “deixou de existir” para os deputados.

Menos de 24 horas após o fim da votação da Câmara que aprovou a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o PP começou a punir os parlamentares que se posicionaram contra a orientação do partido de votar pelo afastamento da petista. A degola começou pelo Pará, onde o deputado federal Beto Salame foi defenestrado da presidência estadual da legenda.