O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) disse que a divulgação do áudio envolvendo o ministro do Planejamento, Romero Jucá, reforça a tese de que "parte deste processo de impeachment foi motivado por uma articulação criminosa com forte presença na Câmara e no Senado".

O PT e o PSOL afirmaram que o áudio em que o ministro do Planejamento, Romero Jucá, sugere um pacto para frear as investigações da Operação Lava Jato reforçam o fato de que o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff está viciado e serve como moeda de troca para blindar políticos envolvidos em casos de desvios e corrupção.

Questionado pelo colunista do Globo Jorge Bastos Moreno, seu porta-voz informal, se demitiria o ministro Romero Jucá caso suas explicações sobre o áudio divulgado nesta segunda-feira 23 não fossem convincentes, o presidente interino afirmou: "Acredito que ele próprio o fará".

Se ainda faltava algo para desmoralizar ainda mais o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a prova veio nesta segunda-feira com a divulgação, pelo jornalista Rubens Valente, de uma conversa entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR), hoje ministro do Planejamento, e Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro (leia mais aqui).

O ministro do Planejamento, Romero Jucá, disse que não tem motivos para pedir demissão do cargo após a divulgação do áudio de uma conversa sua com o ex-presidente da Tanspetro, Sérgio Machado, em que fala em "estancar" a sangria da Operação Lava Jato com uma mudança de governo.

A primeira crise do governo interino de Michel Temer tem nome e sobrenome: Romero Jucá. Senador por Roraima e agora ministro do Planejamento, Jucá deve ser demitido nas próximas horas.