Presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares (Foto: Divulgação)
O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares, classificou esta quinta-feira (21) como um dia "estarrecedor". A declaração veio após a Polícia Federal indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas, incluindo generais das Forças Armadas e agentes federais, acusados de planejar um golpe de Estado que envolvia, segundo as investigações, até o assassinato do presidente eleito Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
"É um dia importante, mas extremamente estarrecedor. A Polícia Federal detalha um esquema de golpe de Estado que não apenas ameaçava o Estado Democrático de Direito, mas também tinha um caráter violento, com a previsão do assassinato do então presidente eleito, do vice-presidente eleito e de um ministro da Suprema Corte", disse Valadares em entrevista ao BNews. Ele ainda destacou: "O mundo inteiro olha para o Brasil assustado".
Valadares lembrou que o Brasil vive um momento de relevância global, especialmente após sediar o encontro do G20 e outros eventos de destaque internacional. "Nós estamos em 2024, e vemos uma república do tamanho do Brasil, com a importância geopolítica que tem, sendo revelada agora como cenário de um plano de golpe de Estado. Enquanto o Rio de Janeiro era a capital do multilateralismo, símbolo da democracia mundial, descobrimos que o ex-presidente, ao perder as eleições, não aceitou o resultado das urnas e planejou um golpe que incluía o homicídio de seus adversários políticos", pontuou.
O dirigente do PT afirmou que o indiciamento é apenas o começo de um processo que deve ser rigoroso. "O próximo passo é a denúncia pelo Ministério Público e sua aceitação pela Justiça. Essas pessoas têm direito à defesa, mas não podemos vacilar. A democracia brasileira, as instituições e todos aqueles que lutaram e lutam por ela não podem permitir nenhuma margem para impunidade ou anistia", declarou.
Para ele, é fundamental que a investigação, o julgamento e a punição sejam exemplares. "Não vamos retroceder. Precisamos investigar, julgar e condenar todos os envolvidos para garantir que isso nunca mais se repita. Não torço pela prisão de ninguém, mas quem atenta contra a democracia brasileira não pode passar impune. O que está em jogo é muito grave, e não podemos permitir que o sentimento de impunidade prevaleça", concluiu.
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