Três funcionários de uma clínica de reabilitação para dependentes químicos foram presos por suspeita de tortura, cárcere privado, violência sexual e maus-tratos. As prisões acontecerem na quarta-feira (9) cidade de Rafard, interior de São Paulo.
De acordo com o site "G1", a Polícia Civil apreendeu no local remédios usados sem orientação médica e objetos, que alguns pacientes afirmam terem sido usados para agredi-los dentro da unidade. De acordo com o investigador Osmar Lins, foram encontrados também cigarros na clínica que possuíam origem clandestina e eram vendidos dentro da unidade, até mesmo para menores de idade.
Em entrevista a EPTV, filiada da Rede Globo, alguns pacientes da unidade falaram sobre os maus-tratos que sofriam no local. "Eles me amarraram e bateram em mim com um pedaço de madeira", contou Matheus Diniz. Sérgio Carvalho, por sua vez, relatou que chegou a ficar 33 dias trancado em um quarto. "Além de a gente ser agredido, nós ficamos 33 dias trancados em um quarto sem sair para comer e sem sair para tomar um sol", revelou.
Outro paciente, que preferiu não se identificar, afirmou que não tinha muitos profissionais na área de enfermagem trabalhando na clínica e que qualquer coisa que os pacientes faziam eram punidos com mediamentos para dormir.
A direção da clínica negou que tenha qualquer irregularidade no local. Além disso, a instituição criticou a operação da polícia e disse que a ação põe em risco os menores infratores e as pessoas que estão internadas no local por ordem judicial.
Apesar de negar as denúncias, a mesma clínica já havia sido denunciada por maus-tratos e cárcere privado no ano passado. Na ocasião, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão e quatro pessoas foram presas.
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