Lula foi condenado por Moro a 9 anos e seis meses de prisão (Foto: Ueslei Marcelino | Reuters)
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com um recurso contra a sentença do juiz Sérgio Moro, que condenou o petista a 9 anos e seis meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A petição protocolada pela defesa de Lula nesta sexta-feira, 14, tem a intenção de "suprir as omissões, contradições e obscuridades". Eles questionam a "imparcialidade" de Moro, que, para a eles, "ficou ainda mais evidente pelo teor da sentença (...) com as indevidas considerações feitas em relação ao ex-presidente".
Eles reclamam que o depoimento das "73 testemunhas ouvidas em 24 audiências (...) foram verdadeiramente ignoradas", sendo consideradas só "as declarações que convergem com a hipótese acusatória".
Os advogados de Lula citaram como exemplo do argumento deles o depoimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que disse que o Presidente da República "não sabe tudo o que acontece" e que ele mesmo não sabia que tinha um cartel de empreiteira atuando na Petrobras durante seu governo.
Outros depoimentos citados que foram desconsiderados na avaliação da defesa foram o do ex-ministro de Relações Institucionais e da Saúde, Alexandre Padilha; do ex-ministro de Relações Institucionais, Jaques Wagner; do ex-ministro da Justiça, Tarso Genro; e do ex-presidente do Banco Central e atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Lula foi condenado em processo que investigou se o tríplex do Guarujá, no litoral de São Paulo, foi dado para ele como forma de propina paga pela OAS. O ex-presidente nega as acusações.
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