A Polícia Civil cumpriu, na madrugada desta sexta-feira (14), mandados de prisão temporária contra nove pessoas, na localidade de Vila Praia, no município de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS). As prisões são resultado da Operação Gate, deflagrada pela Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). Na manhã desta sexta, os suspeitos foram apresentados pelo titular da DTE, André Garcia, na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba.
De acordo com André, as investigações da Operação Gate foram iniciadas em Portão, há cerca de um ano e ainda estão em curso. "Estamos investigando a qual facção eles pertencem e se têm uma ligação com quadrilhas de Salvador", pontuou. Um revólver calibre 38, uma pistola ponto 380, 2 kg de maconha e nove papelotes de cocaína, além de R$ 1 mil em espécie estavam com os suspeitos. A droga, segundo o delegado, está avaliada em cerca de R$ 3 mil.
Ainda segundo o delegado, sete das nove prisões foram realizadas na Rua Floriano Peixoto, na Vila Praiana, o que a polícia considera um fato peculiar. "É a área mais forte em que eles atuam", disse. João Carlos Brito de Araújo, 23 anos, apontado pela Polícia como chefe da quadrilha, permaneceu em silêncio. Ele tem passagem por tráfico de drogas e homicídio. Emanoela Carla Brito de Araújo, 23, irmã de João, chegou a passar mal minutos antes de ser apresentada - ela também preferiu não falar. Os dois foram presos em casa.
Além dos irmãos, também estão presos Daniele Macêdo de Oliveira Gomes, 31; Luan de Souza Gomes, o Preá, 22; José Almeida do Nascimento Filho, o Almeida, 48; Ivalson Luís Portela Maia Júnior, o Juninho, 21; Giovâni Noranha Teixeira, vulgo Gordo ou Popó, 33 e Janderson Souza dos Santos, o Janjan, 21. Wilton Freire Bonfim Magalhães, o Dupão, 22, que, de acordo com a polícia, também faz parte da quadrilha, já cumpre pena por tráfico na Cadeia Pública. O 10º integrante da organização criminosa está foragido.
A Polícia Civil tem 30 dias para concluir as investigações e, até lá, os suspeitos permanecem em prisão temporária e à disposição da justiça. "Nós comprovamos que há efetivamente a participação de todos, alguns negaram, alguns confirmaram", disse André Garcia, que completou que, ao final do inquérito, a justiça vai decidir se defere a prisão preventiva dos acusados.
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