Os cubanos começam nesta segunda-feira (28) a se despedir do ex-presidente do país, Fidel Castro, que morreu aos 90 anos na madrugada deste sábado (26). As cinzas de Castro vão ficar no memorial José Martí, na capital Havana, até esta terça-feira (29). Na quarta (30) as cinzas começarão percorrer o país até chegar a cidade de Santiago de Cuba, onde serão enterradas no dia quatro de dezembro durante uma cerimônia.
No total, as cinzas de Fidel vão percorrer 13 das 15 províncias da ilha e farão a rota de estrada no sentido contrário ao da 'Caravana da Liberdade', que levou o ex-presidente de Santigo de Cuba até Havana em 1959, após o movimento encabeçado por ele derrubar a ditadura de Fugencio Batista.
O trajeto terá o total de 1.000 km e um 'ato maciço' está previsto para o dia quatro. A morte de Fidel Castro foi anunciada na madrugada deste sábado (26) pelo seu irmão Raúl, atual presidente da ilha, através da TV estatal Cubana. A notícias causou emoções diferentes nos cubanos e em grande parte do mundo. Enquanto muitos lamentaram a morte do 'comandante', os cubanos exilados em Cuba foram às ruas de Miami, no bairro conhecido como Little Havana, com bandeiras e apitos comemorar a morte do presidente que permaneceu no poder por 48 anos.
No Brasil, políticos comentaram a morte. O ex-presidente Lula afirmou que foi como se tivesse perdido o irmão mais velho, já o presidente Michel Temer disse em nota que Fidel era um homem de convicções. Em Salvador, o prefeito ACM Neto lembrou da relação do cubano com o ex-senador Antonio Carlos Magalhães, de quem era amigo, e afirmou que mesmo com as diferenças ideológicas os dois se respeitavam.
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