Sem acordo, greve dos professores ameaça ano letivo e desfiles cívicos
Como se sabe os professores e professoras da rede pública municipal de Camaçari estão em greve desde quinta-feira (10). Mesmo com a tentativa de alguns vereadores para retomada da mesa de negociação e unificação da pauta com os servidores públicos, não houve avanço na negociação com o governo municipal e a paralisação continua. Uma nova assembleia só deve acontecer na próxima terça-feira (15), às 09 horas, no Sindticcc.
E pelo visto, a categoria vai endurecer 'o plantão': durante a plenária realizada na última quinta-feira, a categoria decidiu pelo boicote aos desfiles cívicos de 2017 (Gleba E, Parafuso, Monte Gordo, Vila de Abrantes e 28 de setembro). A Prefeitura ainda não se posicionou sobre o boicote e em contato com vereadores e representantes da categoria, reafirmou o posicionamento de não conceder nenhum reajuste esse ano.
Durante a assembleia, o advogado do Sindicato dos Professores e Professoras da Rede Municipal de Camaçari (Sispec), Ricardo Ribeiro, explicou sobre questões jurídicas do movimento, dentre as quais, referente a decisão da Justiça pela ilegalidade da greve, reafirmando que o Sindicato ainda não foi notificado quanto a decisão. "Ainda foi esclarecido que os servidores em estado probatório também possuem o direito à greve", informou em nota, o Sispec.
Na manhã de sexta-feira (11), o Sispec participou de uma reunião na Câmara Municipal de Camaçari, com uma comissão de servidores públicos, professores, representantes de sindicatos do Município e vereadores. A pauta foi o encontro dos parlamentares com o prefeito Antônio Elinaldo e a resposta dada pelo prefeito ao movimento. Foi apresentado que o posicionamento do prefeito foi a mesma já demonstrada anteriormente, de zero por cento de reajuste, e a cara de desânimo dos vereadores expressa bem o que mais pode ser feito sobre a questão específica.
A contrapartida oferecida pela gestão municipal é de que os professores receberiam as promoções e direitos do plano de carreira, em um calendário ainda "a combinar", e que os docentes, ao retornarem as atividades, não receberão falta. Outro acordo oferecido é de que o projeto de Lei que regulamenta o pagamento do Piso Nacional à 78 servidores que estão abaixo, diferente do que a prefeitura disse em nota oficial no site oficial, estaria em votação ainda na próxima sessão da Câmara Municipal.
A proposta do governo e os andamentos da greve só devem ser discutidos com a categoria na próxima terça-feira, durante assembleia. Até lá, a greve continua.
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