Reunião sobre reajuste de servidores e professores municipais (Foto: Thiago Canuto)
Quando dissemos aqui que de nada adiantaria mandar nem esperar qualquer resultado efetivo dos vereadores, sobretudo os de oposição, advindo do encontro que prometeram ter com o prefeito Antônio Elinaldo (DEM), para discutirem a situação dos funcionários em greve, era sobre isso que falávamos.
A reunião aconteceu com a presença maciça da bancada oposicionista e de quebra com a do presidente da Câmara, vereador Oziel (PSDB). Vereador que, aliado incondicional do governo, e a cara de satisfação com que aparece nas fotos quando ao lado do prefeito o nobre vereador não pode negar isso, esteja sofrendo o que estiver a população é evidente que ele até aqui não deu sinal sequer de que moverá palha alguma que contrarie a prefeitura a favor de ninguém. O que, quem sabe, não o inclui quando se tratar da sua pessoa própria. E de fato nada de efetivamente concreto sobre a demanda principal do grevistas e, por tabela, dos estudantes, aconteceu no encontro dessa quinta-feira, 10.
Sobre as demandas dos estudantes então, no tocante ao estado deplorável das instalações escolares, a prefeitura não colocou uma única linha, se é que o assunto entrou em pauta. Ou ao menos foi pincelado por um dos vereadores, cabidamente o vereador Junior Borges, que ouviu deles que "a escola está um caos. Há anos não recebemos fardamento, este ano, nem os livros chegaram ainda", se referindo a aluna do 9° ano, Brenda Wittória, à situação da escola onde estuda, que leva o sobrenome do ex-prefeito da cidade, Colégio Municipal Virgínia Reis Tude. Escola em que ela acusa a presença de "muito mato e animais peçonhentos; além de ventiladores quebrados e infiltrações".
No site da prefeitura vê-se, naturalmente, o prefeito dizendo que está "sensível ao pleito, mas por conta da queda significativa da arrecadação ficou inviável a correção salarial".
"A equiparação do salário de 78 professores ao piso nacional, e o reajuste do vale-transporte e vale-alimentação", foi invocado pelo prefeito como suficiente, ou "possível" de ser feito, da pauta de reivindicações dos professores e demais grevistas.
O que, no entanto, já que o problema é "falta de recursos", e a proposta não passa de zero percentual de aumento para o trabalhador comum, não há quem do governo explique, é como a prefeitura, com o agravante do descumprimento duma ordem judicial, que determina a suspensão do reajuste salarial do prefeito, vice prefeito e secretários, ainda mantém tais pagamentos, como bem denunciou o site Camaçari Alerta, semana passada.
Resultado da ópera:
Pimenta nos olhos dos outros...
Veja também:
Zero de aumento - Sispec e Sindsec se unem para tentar sensibilizar o governo
Clique aqui e siga-nos no Facebook
< Anterior | Próximo > |
---|