A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União deflagram, na manhã desta quinta-feira (14), a Operação Burla para investigar o desvio de verbas e crimes contra a Administração Pública por parte de duas organizações criminosas diferentes comandadas por empresários.
Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva, quatro mandados de prisão temporária, oito mandados de condução coercitiva e 14 mandados de busca e apreensão, nas cidades baianas de Guanambi, Caetité, Iuiú, Vitória da Conquista e Salvador, e também em Belo Horizonte, Minas Gerais.
O inquérito policial em trâmite na Delegacia de Polícia Federal de Vitória da Conquista foi instaurado a partir de um relatório de auditoria elaborado pela CGU, que informava suposta fraude e simulação em processos licitatórios realizados pela Prefeitura de Pindaí, no centro-sul.
Segundo as investigações, as empresas participantes da licitação pertenciam a dois empresários que, apesar de independentes, se articularam para dar aparência de legalidade à concorrência e aumentar a obtenção de vantagens indevidas.
Além disso, a polícia também apurou que esses empresários constituíram diversas outras empresas em nome de sócios laranjas, montando duas organizações criminosas que passaram a replicar esse mesmo esquema e utilizar essas empresas para participarem de várias licitações em diversos municípios baianos, em sua maioria com simulação de competição, cujos contratos, somados, ultrapassam a quantia de R$ 70 milhões.
Os investigados responderão pela prática dos crimes de responsabilidade dos Prefeitos, associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso.